O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro pediu ao Comando Militar do Leste que adote as providências necessárias para a retirada imediata do acampamento anti-democrático montado, desde o início de novembro, em frente ao Palácio Duque de Caxias, sede do comando, no centro da capital fluminense.
No ofício, o procurador Regional dos Direitos do Cidadão, do MPF, Júlio José Araújo Júnior, cita os atos golpistas e antidemocráticos ocorridos em Brasília, neste domingo, em que centenas de pessoas depredaram o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional. Afirma que, além dos danos ao patrimônio público, causaram medo e insegurança à população, gerando a apreensão de que novas mobilizações golpistas possam ocorrer não só em Brasília, mas em todo o país.
O documento é endereçado ao general André Luis Novaes de Miranda, comandante do Comando Militar do Leste, e estabelece o prazo máximo de 12 horas, a partir do recebimento, para a retirada das pessoas, inclusive com o auxílio da Polícia Militar e de outras forças de segurança.
O acampamento em frente ao CML foi montado no dia 2 de novembro por pessoas insatisfeitas com o resultado das eleições presidenciais. Vestidos de verde e amarelo e com faixas e cartazes com o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro, o grupo pede a intervenção militar no país.
A reportagem da Rádio Nacional entrou em contato com o Comando Militar do Leste, mas ainda não há um posicionamento.
Em decreto publicado no Diário Oficial do município, o prefeito Eduardo Paes suspendeu, também a partir de hoje, folgas e licenças da Guarda Municipal e diz que até esta noite, a prefeitura junto com o Exército e a Polícia Militar vão retirar todos os objetos e barracas que ocupam o espaço público tomado por manifestantes.
Já o governador Cláudio Castro determinou que as inteligências das polícias trabalhem conjuntamente para impedir qualquer ação contra o patrimônio público e privado do estado e impedir o fechamento de vias.
De acordo com o secretário de Polícia Militar, Luiz Henrique Marinho Pires, prédios públicos como o Tribunal de Justiça, Tribunal Regional Eleitoral e a Assembleia Legislativa, estão com reforço de policiamento.
Na Refinaria Duque de Caxias, estão atuando o Batalhão de Choque e o Regimento de Polícia Montada.
Fonte: Agência Brasil