Em entrevista coletiva nesta segunda (19), Alexandre Mirinda, candidato da oposição que teve a chapa impugnada na eleição presidencial da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), declarou que entrará com uma ação na Justiça para anular o pleito, vencido pelo então mandatário da entidade, Evandro Carvalho, por 75 votos a 13, contra o empresário André Cortez, em votação ocorrida no último domingo (18).
Mirinda teve a participação vetada no pleito pela Comissão Eleitoral, sob a acusação de “duplicidade de assinaturas” entre a chapa dele, “Construindo Pontes para Fortalecer o Futebol Pernambucano” e a de Evandro Carvalho, “Compromisso com a Modernidade”. O candidato da oposição rebateu, citando “parcialidade” nos representantes que avaliaram a chapa.
“Todos os cinco membros da Comissão foram indicados pelo atual mandatário. Que eleição limpa e transparente pode ser essa?”, frisou Mirinda, declarando que tinha no pleito o apoio, inclusive, dos representantes do Trio de Ferro da Capital.
“Falavam que não teríamos apoio de Náutico, Sport e Santa Cruz. Está aqui a assinatura de Yuri Romão, Antônio Luiz Neto e Diógenes Braga (mostrando documentos). Tínhamos as 10 assinaturas. Essa comissão eleitoral passou por cima do que foi registrado em cartório. Alguns presidentes de Liga assinaram em prol da chapa dele, mas achavam que o papel era para o recebimento de uma bola e de um padrão de camisas. Ele (Evandro) anexou isso à chapa dele”, criticou.
“Perdi algumas partidas na minha vida, mas já comemorei muitos títulos. Hoje, ele (Evandro) comemora uma eleição que não foi transparente, limpa. No final, quem pode comemorar é quem está agora fora do jogo”, concluiu.
Procurado pela Folha de Pernambuco, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, se mostrou tranquilo. “Tudo uma falácia. Se ele acha que tem algo errado, vamos para a Justiça. Ele não tinha as 10 assinaturas. E, para ganhar a eleição, precisava de pelo menos 50 votos. Cada um diz o que quer, mas precisa provar”.
Fonte: Folha PE