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Mesmo com liberação de recursos, reitores se mostram preocupados com cenário das universidades

Reitores de instituições federais de ensino de Pernambuco se reuniram, nesta terça-feira (11), no Auditório do Porto Digital, no Bairro do Recife, para apresentar o panorama financeiro dos últimos anos. Apesar do último corte anunciado pelo Governo Federal ter sido cancelado, universidades e institutos seguem funcionando em sistema de contingenciamento de recursos.

Estiveram presentes no encontro Alfredo Gomes, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Marcelo Carneiro Leão, da Universidade Rural Federal de Pernambuco (URFPE), José Carlos de Sá, do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), Leopoldina Veras, do Instituto Federal do Sertão (IF Sertão) e Airon Aparecido, da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE). O reitor da Univasf, Paulo César Neves, não participou.

Após o ministro da Educação, Victor Godoy, anunciar o desbloqueio de 5,8% do orçamento do Ministério da Educação, no fim da última semana, a liberação de dinheiro no Estado chegou a R$ 18,7 milhões. Repasse importante para diminuir a preocupação dos gestores. No entanto, longe de ser suficiente para manter o funcionamento de serviços básicos das escolas superiores. Ao todos, aproximadamente 125 mil alunos estudam nesses estabelecimentos de ensino.

“O corte de verbas compromete a formação de estudantes, além da realização de pesquisas e interfere no desenvolvimento econômico e social”, salientou o reitor da UFPE, Alfredo Gomes. 

Os reitores cobram que o Governo Federal repasse 7,2% cortados do orçamento na metade deste ano. No caso das cinco instituições presentes no encontro, o corte foi de cerca de R$ 25,3 milhões. R$ 12,2 milhões da UFPE, R$ 4,5 milhões da UFRPE, R$ 5,4 milhões do IFPE, R$ 2,2 milhões do IF Sertão e R$ 1 milhão da UFAPE.  Entretanto, apesar da reinvidicação, os gestores adotam pessimista com qualquer reposição por parte do MEC. 

Na Rural, o reitor Marcelo Carneiro Leão afirmou que a instituição tem um déficit de R$ 14,5 milhões para arcar com alguns compromissos. “Hoje, a Universidade Federal Rural de Pernambuco tem um déficit, entregue em forma de documento ao secretário de ensino superior Wagner (Vilas Boas), de R$ 14,5 milhões para  pagamento de água, energia, terceirização. Eu não tenho dinheiro, basicamente, para pagar as contas de novembro e dezembro”, enfatizou.

Instituição de ensino superior referência em Pernambuco, a UFPE viu R$ 50 milhões serem cortados de seu orçamento nos últimos três anos. Com os recursos escassos, a universidade se viu na obrigação de reduzir em 25% uma série de serviços para conseguir manter o funcionamento.   

Visando o ano de 2023, os reitores esperam que o orçamento voltado para às instituições de ensino seja próximo dos valores recebidos em 2019, quando os cortes foram menores. “São recursos importantes para a manutençãoa e funcionamento das instituições. Precisamos da recomposição imadiata dos 7,2% para garantir o mínimo de condições para a manutenção das atividades nestes últimos meses do ano”, destacou Alfredo. 

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