A Mercedes, oito vezes campeã do Mundial de construtores da Fórmula 1, apresentou nesta quarta-feira (15) seu novo carro para a temporada 2023 com a esperança de poder voltar a lutar pelo título, depois de um ano cheio de problemas aerodinâmicos que impediram a equipe de competir com a Ferrari e a Red Bull.
Os britânicos George Russell e Lewis Hamilton, que busca seu oitavo título mundial, vão pilotar o W14, que este ano terá a pintura majoritariamente preta e detalhes em verde, cor da principal patrocinadora, a Petronas.
O tradicional cinza das “flechas de prata”, presente nos carros de 2022, sai de cena principalmente para reduzir o peso do monoposto.
“No ano passado estávamos com sobrepeso. Este ano tentamos ver se podíamos perder alguns gramas”, deixando algumas peças de carbono sem pintura, explicou o diretor da escuderia, Toto Wolff, durante a apresentação online do W14.
“Não vamos nos descuidar em nenhum detalhe na nossa busca para ganhar qualquer milésimo de segundo”, acrescentou Wolff.
Os carros da Mercedes em 2020 e 2021 também eram pretos, em homenagem à luta contra o racismo defendida por Hamilton.
“A cor preta se tornou parte do nosso DNA nesse momento, por isso estamos felizes em recuperá-la”, declarou o diretor da equipe.
– Otimistas, mas prudentes –
O principal desafio da escuderia alemã para esta temporada será voltar à luta pelo título, após um 2022 cheio de altos e baixos e com uma única vitória em 22 corridas, a de George Russell no Grande Prêmio do Brasil.
Foi a primeira temporada sem vitória para Lewis Hamilton desde sua estreia na F1, em 2007, com a McLaren.
Apesar do tropeço, “ainda gosto de correr, acho que meu DNA nunca mudou, sempre penso que posso melhorar”, afirmou o piloto de 38 anos, cujo contrato com a Mercedes vai até o final de 2023.
“Nossas esperanças são poder brigar por um campeonato mundial, mas nossos rivais eram muito fortes no ano passado e temos que recuperar nosso atraso”, admitiu Toto Wolff.
Em 2022, a escuderia tentou reverter como pôde seus problemas ligados principalmente à aerodinâmica do carro.
O W13, que nasceu de um conceito aerodinâmico único depois da entrada em vigor de um novo regulamento há um ano, se mostrou um carro difícil de guiar para os pilotos.
O novo monoposto mantém as qualidades do antecessor, mas Wolff é prudente: “Estamos no caminho que queríamos estar em termos de rendimento, mas não sabemos como estão os demais. Acho que devemos manter a humildade, especialmente depois do ano passado”.
A Mercedes terminou na terceira colocação no Mundial de construtores, longe dos carros supercompetitivos da Red Bull e da Ferrari, mas os alemães afirmam que este ano farão “todo o possível para voltar ao topo”.
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Fonte: Folha PE