O chefe da máfia mais procurado da Itália, Matteo Messina Denaro, foi preso na Sicília após passar 30 anos foragido.
Messina Denaro teria sido detido em uma clínica particular em Palermo, capital da Sicília. Ele é acusado de ser um dos chefes da famosa máfia Cosa Nostra.
A imprensa italiana noticiou que Denaro estava recebendo tratamento na manhã desta segunda-feira (16/1) quando foi preso. Ele teria sido levado para um local secreto pela polícia.
Mais de 100 membros das forças armadas estariam envolvidos na prisão, segundo a imprensa italiana.
Um vídeo divulgado pela mídia italiana mostra pessoas na rua aplaudindo a polícia italiana enquanto Messina Denaro é preso.
Quem é Matteo Messina Denaro
Messina Denaro foi julgado e condenado à revelia à prisão perpétua em 2002 por vários assassinatos.
Isso inclui o assassinato em 1992 dos promotores antimáfia Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, os ataques a bomba em 1993 em Milão, Florença e Roma, e o sequestro, tortura e assassinato do filho de 11 anos de um mafioso.
O mafioso também está ligado a extorsão, despejo ilegal de lixo, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. Acredita-se que ele era ligado a Totò Riina, o chefe da máfia Corleone, que foi preso em 1993 após 23 anos foragido.
Embora Messina Denaro estivesse foragido desde 1993, ele ainda dava ordens à máfia de vários esconderijos.
Ao longo das décadas, investigadores italianos chegaram perto de capturar Messina Denaro monitorando as pessoas mais próximas a ele. Isso resultou na prisão de sua irmã Patrizia e de vários outros de seus parceiros em 2013. A polícia também apreendeu bens ligados a Messina Denaro, deixando-o cada vez mais isolado.
Com poucas fotos de Messina Denaro disponíveis, a polícia precisou usar softwares para reconstruir como seria sua aparência física hoje em dia.
Políticos italianos de diversos partidos estão prestando homenagens aos investigadores. Gian Carlo Caselli, juiz e ex-procurador-geral, disse que a prisão de Messina Denaro é um “evento excepcional… simplesmente histórico” que pode levar a novidades nas investigações sobre os ataques a bomba de 1993 que mataram dez pessoas em toda a Itália.
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, agradeceu às Forças Armadas por ajudar a prender o “membro mais importante do grupo criminoso da máfia”.
“Esta é uma grande vitória para o Estado”, disse ela.
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