Importantes meios da imprensa internacional deram grande destaque a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno neste domingo (30/10).
O jornal americano The New York Times levou a vitória do petista para a manchete de seu site. “Brasil elege Lula, um esquerdista que já liderou o país, em reprovação a Bolsonaro”. O jornal afirma que foi “uma longa e amarga campanha” e que “termina o período turbulento de Bolsonaro como o mais poderoso líder da região”.
O concorrente The Washington Post deu menos destaque à eleição brasileira em sua página na internet. O diário lembra que a vitória de Lula se junta a uma onda de líderes de esquerda que se elegeram na América Latina, citando os casos de Colômbia, Chile e Peru.
Em sua cobertura da eleição, a repórter Paulina Villegas disse que a coordenadora de uma seção eleitoral (ela não menciona de qual cidade ou estado) a expulsou enquanto fazia uma entrevista porque “as perguntas eram tendenciosas”.
O francês Le Monde foi objetivo, mas destacou no espaço principal de seu site: “Lula eleito por pequena margem contra Bolsonaro no segundo turno”. Em seu texto, o jornal diz: “A questão é se Bolsonaro aceitará o veredicto nas urnas” e cita as ações da Polícia Rodoviária Federal em abordagens a ônibus, principalmente no Nordeste, que poderiam coibir a ida de eleitores.
Outro francês, o conservador Le Figaro, também colocou a notícia na manchete do site com o título “Lula, a vida extraordinária do incansável campeão da esquerda brasileira”. No texto, a publicação lembra que o presidente eleito teve uma “longa vida política e pessoal foi marcada por dramas, vitórias, quedas, renascimentos”.
O diário argentino Clarín destacou em sua manchete: “Lula ganhou por menos de dois pontos de Bolsonaro e voltará à presidência”. No texto afirmou que a vitória veio “no final de uma campanha agressiva, em um clima histórico de polarização e após uma contagem voto a voto”.
O também argentino La Nación fez ampla cobertura da eleição brasileira e apontou que o presidente argentino Alberto Fernandéz comemorou a vitória de Lula e aque agora não terá que “padecer” a “hostilidade” do Brasil.
El Universal, do México, ressalta que “Com Lula da Silva, esquerda governará 86% da população da América Latina e Caribe”.
O espanhol El País também colocou em seu espaço principal do website a vitória do petista e lembra da diferença bastante apertada no resultado. “Lula ganha de Bolsonaro e presidirá um Brasil dividido”, diz a manchete.
Na Inglaterra, o jornal The Guardian acompanhou o dia de eleição com uma página ao vivo e destacou na manchete de sua homepage a vitória com a frase “Lula triunfa sobre o incumbente de extrema-direita Bolsonaro em um retorno espetacular”.
O jornal econômico britânico Financial Times foi na mesma linha e disse que “o veterano esquerdista Lula completa um retorno espetacular à Presidência do Brasil”.
O diário The Times, também britânico, declarou que Lula venceu Bolsonaro por “um fio de cabelo” após uma eleição “disputada amargamente”.
Na China, a eleição brasileira não tinha destaque no começo da manhã no horário local em sites importantes com versão em inglês como Xinhua, Global Times e China Daily. O South China Morning Post deixou em seus destaques com site da agência France Presse. O CGTN dava uma linha sobre a eleição brasileira como notícia urgente.
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