Após o desastre da Ferrari no último domingo no Azerbaijão, Charles Leclerc quer reagir no Mundial de Fórmula 1 no Grande Prêmio do Canadá para não ver os pilotos da Red Bull, Max Verstappen e Sergio Pérez, se distanciarem na classificação do campeonato de pilotos.
No desafiador circuito Gilles Villeneuve, em Montreal, que volta ao calendário da F1 depois de três anos, grande parte das atenções se voltarão a como Leclerc suportará a pressão para dar fim a sua recente sequência de maus resultados.
O piloto monegasco, de 24 anos, teve que abandonar o GP do Azerbaijão devido a uma falha no motor e não vence desde a etapa da Austrália, no dia 10 de abril, apesar de ter largado na ‘pole position’ nas últimas quatro corridas.
Problemas mecânicos e erros de estratégia fizeram com que a vantagem inicial de Leclerc no Mundial de pilotos se transformasse em uma diferença de 34 pontos atrás de Verstappen, atual campeão, e 13 atrás de ‘Checo’ Pérez.
O holandês, que já tem cinco vitórias na temporada, e o mexicano deram o grande salto na classificação com a dobradinha da Red Bull no circuito de Baku.
Os dois lideram agora o mundial de pilotos e a equipe austríaca tem o desafio de administrar a situação para evitar que ambos criem uma rivalidade interna na disputa pelo campeonato e ponham em risco sua vantagem.
“É um grande momento para a equipe”, disse Pérez nesta quinta-feira. “Conseguir o máximo de pontos no último fim de semana em Baku foi um resultado brilhante para todos nós e nos mantêm na luta por ambos os títulos”.
“É agradável voltar ao Canadá. É uma pista em que gosto de pilotar, e ter um carro competitivo neste circuito será divertido”, acrescentou o mexicano. “Este carro está rendendo de verdade nos circuitos de rua, então acreditamos que podemos fazer outra boa atuação neste fim de semana e manter o embalo”.
O chefe da Red Bull, Christian Horner, fez um pedido claro para evitar qualquer excesso de confiança e se concentrar na disputa com a Ferrari, que dominou o início da temporada graças às vitórias de Leclerc no Bahrein e na Austrália.
“Eles têm um carro muito rápido”, lembrou Horner. “Nos domingos temos estado na mesma altura este ano, na maioria das corridas. Mas eles resolverão seus problemas, não tenho nenhuma dúvida”.
“Há um longo caminho a percorrer e já vimos grandes mudanças nos pontos nas última quatro, cinco corridas. Isso demonstra que as coisas podem mudar rapidamente”, acrescentou o chefe da Red Bull, líder do campeonato de construtores.
O espanhol Carlos Sainz, companheiro de Leclerc na Ferrari, também abandonou o GP do Azerbaijão e continua distante da briga pelo título, em quinto na classificação com 83 pontos, atrás do britânico George Russell, da Mercedes, com 99.
Medidas da FIA –
A sexta posição é do companheiro de Russel, o também britânico Lewis Hamilton (62 pontos), último piloto a vencer no circuito de Montreal, em 2019.
O heptacampeão Mundial, de 37 anos, acredita que pode reagir na temporada em um circuito no qual é o recordista de vitórias (sete vezes desde 2007).
Hamilton confirmou nesta semana que, apesar das fortes dores nas costas que sofreu no último domingo, está pronto para voltar a correr em outro circuito notoriamente rápido e muitas vezes irregular.
“O domingo foi difícil e tive alguns problemas para dormir, mas acordei com uma sensação positiva”, escreveu o britânico em uma publicação nas redes sociais. “As costas estão um pouco doloridas, mas nada grave, felizmente”.
Além de Hamilton, Russell, Sainz, Pierre Gasly (AlphaTauri), Valtteri Bottas (Alfa Romeo) e Daniel Ricciardo (McLaren) reclamaram dos problemas de “porpoising” (efeito que faz os carros “quicarem” nas retas quando estão em alta velocidade, causando dores nos pilotos).
A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) ouviu as queixas e nesta quinta-feira anunciou uma série de medidas a curto prazo para “reduzir” este fenômeno aerodinâmico.
Entre elas estão inspeções detalhadas dos desenhos dos assoalhos dos carros e seu desgaste, o estabelecimento de um limite aos movimentos verticais dos monopostos e uma reunião técnica com as equipes, informou a FIA em comunicado.
O anúncio dessas medidas chega às vésperas do GP do Canadá, que acontece em um circuito de rua, rápido e potencialmente perigoso, localizado em uma ilha artificial no rio St Lawerence.
Programação do Grande Prêmio do Canadá de Fórmula 1 (horário de Brasília):
Sexta-feira (17/06):
15h-16h: Treino livre 1
18h-19h: Treino livre 2
Sábado (18/06):
14h-15: Treino livre 3
17h-18: Treino de classificação
Domingo (19/06):
15h: Início da corrida (70 voltas ou duas horas de prova)
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Fonte: Folha PE
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