O clima andou pesado nas últimas semanas após ser divulgado que os vereadores Marlus Costa, Nando Campos e Manoel de Moura não estariam mais na base do governo.
Após 20 vereadores votarem contra a reforma administrativa da gestão municipal, o clima azedou entre o governo municipal e o legislativo da cidade. Muito foi questionado o motivo real por essa reprovação que não aumentaria custos para o município. A mudança era necessária do ponto de vista administrativo, o prefeito Mano Medeiros tentava pela primeira vez reformular o governo com a sua cara. Após negativa da Câmara o clima ficou pesado.
Entenda o início do “imbróglio”
20 vereadores se reuniram e firmaram um “pacto” para reprovar a reforma administrativa do governo municipal. Isso tudo por uma mágoa com o antigo gestor do município. A ação contra o governo acabou sobrando para o atual prefeito que não tinha “nada a ver” com isso. Entre os vereadores houve um “acordo de não aprovar” a nova estrutura organizacional da Prefeitura do Jaboatão para retaliar por tabela o grupo Ferreira.
Dois grupos
De um lado o grupo do “contra” que foi e ainda é encabeçado pelo atual presidente da Câmara Adeildo da Igreja. Do outro lado, a gestão municipal e cinco vereadores que ficaram ao lado do prefeito.
Com a reprovação e o recado dado, o governo municipal não teve outra saída, avaliou toda situação e decidiu começar sua reforma pela estruturação de uma nova base no Legislativo.
Liderados por Adeildo da Igreja, os vereadores acreditavam que nada aconteceria com o grupo dos 20. Entretanto, ainda não se sabe até o momento, o real motivo do presidente da casa ter rompido especificamente com o prefeito Mano Medeiros. Isso porque, já é público que Adeildo ficou chateado com o tratamento que foi dado a sua campanha por parte do grupo Ferreira. Ele “reclama” que lideranças foram “liberadas” para apoiar outras candidaturas pelo deputado André Ferreira e isso teria causado a sua derrota.
Para alguns analistas, Adeildo não entendeu que a eleição estava em suas mãos. Já era anunciado pelo próprio André Ferreira antes da eleição que com 25 mil votos o partido faria um deputado. Alguns vereadores chegaram a tentar forçar a barra para também saírem candidatos mais não tiveram o mesmo sucesso de Adeildo.
Alguns chegaram a afirmar que “só queriam a legenda” para a disputa e nada mais. Mesmo tendo toda mobilização por parte de Mano Medeiros, Adeildo deixou o cavalo passar selado do seu lado. Faltou um “gás” na reta final e a eleição mais previsível dos últimos anos deu errado. O prefeito da cidade Mano Medeiros fez sua parte, em entrevista recente o presidente Adeildo reconheceu a lealdade de Mano e o agradeceu pelo gesto na eleição.
Ainda sim, muitos leitores se questionam o posicionamento do presidente da câmara pós-eleição. Com menos de 60 dias do fim da eleição, muitos se perguntam como o presidente Adeildo anunciou ser oposição ao grupo Ferreira em entrevista e ao mesmo tempo ajuda a formar a base do governo na câmara? Como ser base do governo e anunciar que irá concorrer contra o mesmo no próximo pleito eleitoral? Afinal, Adeildo é situação ou oposição?
Segundo informações o “pacto” que havia sido feito entre os vereadores onde os 20 que votaram contra a reforma administrativa fechariam-se em grupo para um defender o outro em caso de retaliações foi apenas da boca para fora.
“O combinado sempre foi ninguém deixar ninguém trás. Porém, alguns parlamentares decidiram resolver suas pelejas individualmente como sempre e deixaram de lado o tal acordo”, disse uma de nossas fontes. Não podemos afirmar se de fato existiu tal ação, porém, se um dia existiu algum pacto, de nada valeu, esse “contrato” foi assinado na areia da praia e a onda do mar apagou rapidinho.
“O resultado foi a escolha de Marlus Costa que já havia dando indícios que mais cedo ou mais tarde sairia do grupo Ferreira, a de Nando Campos que até apoiou André Ferreira para sua reeleição de deputado Federal e Manoel de Moura, vereador da nova safra”, continuou nossa fonte.
Nos próximos dias a base governista final deverá ser formada e outros nomes serão literalmente “afastados” para a oposição. Resta saber até quando um dos principais players desse jogo Adeildo da Igreja vai ser base e oposição ao mesmo tempo. E, quem serão os próximos a se juntar com Nando Campos, Manoel de Moura e Marlus Costa?
Em tempo – As informações acima são relatadas nos bastidores da Câmara. Embora sejam bem próximas a realidade, o disse me disse deixa aberto o espaço para várias interpretações. Essa, é a visão do colunista que assina a matéria.
Por Luiz Gonzaga Jr , sexta-feira 27 de janeiro de 2023. 8:00am.
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