- Author, Poonam Agarwal, Nupur Sonar y Stephanie Hegarty*
- Role, BBC World Service Eye Investigations
Uma rede de chantagistas vem usando aplicativos de empréstimos instantâneos para enganar e humilhar pessoas em várias partes da Índia, em outros países da Ásia, na África e na América Latina. Pelo menos 60 pessoas indianas se suicidaram depois de terem sido assediadas e ameaçadas.
Uma equipe de investigação da BBC se infiltrou no esquema para expor as pessoas na Índia e na China que estão lucrando com esse golpe, às vezes com consequências mortais.
Pânico e humilhação
Astha Sinhaa acordou com a voz da sua tia em pânico ao telefone. “Não deixe sua mãe sair de casa”, ela disse.
Ainda sonolenta, a jovem de 17 anos ficou horrorizada ao encontrar sua mãe, Bhoomi Sinhaa, no quarto ao lado, soluçando desesperadamente.
Normalmente alegre e corajosa, a mãe de Astha é uma respeitada advogada do setor imobiliário de Mumbai, na Índia. Viúva, ela cria sua filha sozinha. Mas, agora, ela estava emocionalmente devastada.
“Ela estava desmoronando”, relembra Astha.
A mãe em pânico começou a contar à filha onde estavam todos os contatos e documentos importantes e parecia desesperada para sair pela porta afora.
Astha sabia que tinha que detê-la. “Não a perca de vista”, disse sua tia, “porque ela vai pôr fim à sua vida.”
Astha Sinhaa sabia que sua mãe vinha recebendo ligações estranhas e devia dinheiro a alguém. Mas ela não tinha ideia de que Bhoomi estava enfrentando meses de perseguição e tortura psicológica.
Ela foi vítima de um golpe de alcance global, com braços espalhados em pelo menos 14 países. Os criminosos usam vergonha e chantagem para ter lucro. E, no processo, eles destroem a vida das pessoas.
Como funciona
O esquema é simples e brutal.
Existem muitos aplicativos que prometem empréstimos sem complicações em questão de minutos. Nem todos são predatórios. Mas muitos, depois de instalados no celular, extraem seus contatos, fotos e documentos, e usam essas informações para extorquir as pessoas.
Quando os clientes não pagam seus empréstimos no prazo – e, às vezes, até mesmo quando pagam – eles compartilham essas informações com uma central de atendimento. Nela, existem jovens agentes contratados em regime temporário, armados com laptops e telefones celulares. Eles são treinados para assediar e humilhar as pessoas para receber o pagamento dos empréstimos.
No final de 2021, Bhoomi Sinhaa havia tomado emprestado cerca de 47 mil rúpias (cerca de US$ 565 ou R$ 2,8 mil) de diversos aplicativos de empréstimos, enquanto esperava receber por algumas despesas profissionais. O dinheiro chegou quase imediatamente, mas com uma grande parcela deduzida na forma de tarifas.
Sete dias depois, ela precisava pagar o empréstimo, mas ainda não havia recebido pelas suas despesas. Por isso, ela tomou emprestado de outro aplicativo, depois de mais um.
As dívidas e os juros se multiplicaram, até que ela chegou a dever cerca de 2 milhões de rúpias (cerca de US$ 24 mil, ou R$ 118 mil).
Os agentes de cobrança logo começaram a ligar. Eles passaram rapidamente a ser grosseiros, lançando insultos e abusos contra Bhoomi. Mesmo quando o empréstimo já estava pago, eles diziam que ela estava mentindo.
Eles ligavam até 200 vezes por dia, dizendo que sabiam onde ela morava e enviavam fotos de cadáveres como advertência.
Os abusos se multiplicavam. Eles ameaçaram enviar mensagens para todos os 486 contatos do seu celular, dizendo a eles que ela era uma ladra e prostituta. E, quando ameaçaram manchar também a reputação da sua filha, Bhoomi não conseguia mais dormir.
Ela pegou dinheiro emprestado com os amigos, a família e cada vez mais aplicativos – 69, ao todo.
À noite, ela rezava para que a manhã não chegasse. Mas, às sete horas em ponto, seu celular começava a tocar sem parar.
Com o tempo, Bhoomi conseguiu pagar todo o dinheiro que devia, mas um aplicativo específico, chamado Asan Loan, não parava de ligar. Exausta, ela não conseguia se concentrar no trabalho e começou a ter ataques de pânico.
Um dia, um de seus colegas de trabalho a chamou até sua mesa e mostrou algo que havia no seu celular: uma foto pornográfica de Bhoomi, nua.
A foto havia sido cruelmente montada, com a cabeça de Bhoomi espetada sobre o corpo de outra pessoa. Mas a imagem a encheu de nojo e vergonha. Ela desmaiou sobre a mesa do colega.
A Asan Loan havia enviado aquela foto para todos os contatos do seu celular. Foi quando Bhoomi pensou em tirar a própria vida.
A BBC obervou evidências de esquemas como este, perpetrados por várias empresas em todo o mundo. Mas, somente na Índia, encontramos pelo menos 60 pessoas que se mataram após terem sido assediadas pelos aplicativos de empréstimos.
A maioria dessas pessoas estava na casa dos 20 e 30 anos. Elas incluem um bombeiro, um músico premiado, um jovem casal que deixou para trás suas filhas com três e cinco anos de idade, um avô e um neto que se envolveram juntos nos aplicativos de empréstimo. Quatro das vítimas eram adolescentes.
A maioria das vítimas tem muita vergonha de falar sobre o golpe e os perpetradores permanecem, em sua maioria, anônimos e invisíveis.
Depois de meses procurando por alguém envolvido, a BBC conseguiu encontrar um jovem que trabalhou como agente de cobrança em centrais de atendimento para diversos aplicativos de empréstimo.
Rohan (nome fictício) contou que ficou perturbado com os abusos que presenciou. Muitos clientes choravam e alguns ameaçavam se suicidar, segundo ele. “Aquilo me assombrava todas as noites.”
Ele concordou em ajudar a BBC a expor as práticas de assédio.
A filmagem
Rohan se candidatou para trabalhar em duas centrais de atendimento diferentes – a Majesty Legal Services e a Callflex Corporation. Ele passou semanas filmando disfarçadamente as centrais. Seus vídeos mostram jovens agentes assediando clientes
“Comporte-se ou vou destruir você”, ameaça uma mulher. Ela acusa o cliente de incesto e, quando ele desliga, começa a rir. Outra pessoa sugere que o cliente deve fazer sua mulher se prostituir para pagar o empréstimo.
Rohan registrou mais de 100 incidentes de abuso e assédio. Foi a primeira vez em que essa extorsão sistemática foi capturada pelas câmeras.
O pior abuso que ele presenciou ocorreu na Callflex Corporation, localizada a pouca distância da capital indiana, Nova Déli. Ali, os agentes usavam linguagem obscena rotineiramente para humilhar e ameaçar os clientes.
Não se tratava de agentes de cobrança desonestos desrespeitando práticas empresariais. Eles eram dirigidos e supervisionados por gerentes da central de atendimento. Um desses gerentes se chamava Vishal Chaurasia.
Rohan ganhou a confiança de Chaurasia. Ele e um jornalista que se apresentava como investidor marcaram uma reunião e pediram que ele explicasse exatamente como funciona o esquema.
Ele explicou que, quando um cliente faz um empréstimo, ele fornece ao aplicativo acesso aos contatos do seu telefone. A Callflex Corporation é contratada para recuperar o dinheiro – e, se o cliente perder o prazo de pagamento, a empresa começa a assediá-lo e, depois, aos seus contatos.
Chaurasia disse aos seus funcionários que eles podem falar qualquer coisa, desde que consigam o pagamento.
“O cliente, então, paga de vergonha”, ele conta. “Você irá encontrar pelo menos uma pessoa na sua lista de contatos que pode destruir a vida dele.”
A BBC entrou em contato direto com Chaurasia, mas ele não quis fazer comentários. A Callflex Corporation não respondeu às nossas tentativas de contato.
O suicídio
Uma das muitas vidas destruídas pelo esquema foi a de Kirni Mounika.
Servidora pública com 24 anos de idade, ela era o cérebro da família – a única estudante da sua escola a conseguir um emprego no governo e uma irmã coruja para seus três irmãos.
Seu pai é um agricultor bem sucedido e estava pronto para ajudá-la a fazer um mestrado na Austrália.
Na segunda-feira em que ela se suicidou, três anos atrás, ela havia tomado sua lambreta para ir ao trabalho, como de costume. “Ela era toda sorrisos”, conta seu pai, Kirni Bhoopani.
Somente quando a polícia verificou o telefone celular e os extratos bancários de Mounika, foi possível descobrir que ela havia tomado dinheiro emprestado de 55 aplicativos de empréstimos diferentes.
Tudo começou com um empréstimo de 10 mil rúpias (cerca de US$ 120, ou R$ 590) até atingir um valor mais de 30 vezes maior. No momento em que ela decidiu se suicidar, ela já havia devolvido mais de 300 mil rúpias (cerca de US$ 3,6 mil ou R$ 17,7 mil) em empréstimos.
A polícia afirma que os aplicativos a assediavam com ligações e mensagens vulgares – e haviam começado a enviar mensagens aos seus contatos.
O quarto de Mounika é agora um santuário improvisado. Seu cartão de identificação do governo está pendurado na porta e a mala que sua mãe preparou para que ela fosse a um casamento ainda está ali.
O que mais incomoda seu pai é que ela não havia contado para ele o que estava acontecendo. “Nós poderíamos ter conseguido o dinheiro facilmente”, afirma ele, enxugando as lágrimas.
Bhoopani está furioso com as pessoas que fizeram isso.
Enquanto levava o corpo da filha do hospital para casa, o celular dela tocou e ele atendeu. Era uma reclamação em linguagem obscena. “Eles nos disseram que ela tinha que pagar”, ele conta. “Nós dissemos a eles que ela estava morta.”
Bhoopani fica imaginando quem poderiam ser aqueles monstros.
Escondidos e invisíveis
Hari (nome fictício) trabalhou em uma central de atendimento fazendo cobranças para um dos aplicativos dos quais Mounika havia tomado dinheiro emprestado. O salário era bom, mas, na época da morte de Mounika, ele já se sentia incomodado por participar daquele esquema.
Hari afirma que não fez ligações abusivas, segundo ele, porque estava na equipe que fazia as ligações iniciais, que eram educadas. Mas ele conta que os gerentes instruíam os funcionários a assediar as pessoas e ameaçá-las.
Os agentes de cobrança enviavam mensagens para os contatos das vítimas, acusando-as de roubo e fraude.
“Todos têm uma reputação a defender perante sua família”, afirma ele. “Ninguém irá manchar essa reputação por apenas 5 mil rúpias [cerca de R$ 300].”
Quando era feito um pagamento, o sistema avisava “Sucesso!” e eles partiam para o cliente seguinte.
Quando os clientes começavam a ameaçar tirar suas próprias vidas, ninguém os levava a sério. Foi quando os suicídios começaram a acontecer. Os funcionários ligaram para o seu chefe, Parshuram Takve, pedindo para parar com aquilo.
No dia seguinte, Takve compareceu ao escritório. Ele estava com raiva.
“Ele disse, ‘façam o que mandamos e consigam os pagamentos'”, conta Hari. E assim eles fizeram.
Alguns meses depois, Mounika estava morta
Takve era implacável. Mas ele não conduzia a operação sozinho. Hari conta que, às vezes, a interface de software mudava para o idioma chinês sem dar aviso.
Takve era casado com uma mulher chinesa chamada Liang Tian Tian. Juntos, eles formaram a empresa de cobranças Jiyaliang em Pune, no oeste da Índia. Era lá que Hari trabalhava.
Em dezembro de 2020, Takve e Liang foram presos pela polícia que investigava um caso de assédio e liberados sob fiança alguns meses depois.
Em abril de 2022, eles foram acusados de extorsão, intimidação e instigação de suicídio. No final do ano, eles já estavam em liberdade.
A BBC não conseguiu rastrear Takve. Mas, quando investigamos os aplicativos para os quais a Jiyaliang trabalhava, chegamos a um empresário chinês chamado Li Xiang.
Ele não tem presença online, mas encontramos um número de telefone relacionado a um dos seus funcionários. Nós nos apresentamos como investidores e marcamos uma reunião com Li.
Com seu rosto desconfortavelmente próximo da câmera, ele se vangloriou dos seus negócios na Índia. “Ainda estamos operando sem que os indianos saibam que somos uma empresa chinesa”, afirmou ele.
Em 2021, a polícia da Índia realizou buscas em duas das empresas de Li para investigar assédio dos aplicativos de empréstimos. Suas contas bancárias foram congeladas.
“Você precisa entender que, como nosso propósito é recuperar rapidamente nosso investimento, é claro que não pagamos impostos locais e as taxas de juros que oferecemos violam a legislação local”, ele conta.
Li afirmou que sua empresa possui seus próprios aplicativos de empréstimos na Índia, no México e na Colômbia. Ele afirma que é líder no setor de controle de risco e serviços de cobrança de dívidas no sudeste asiático e, agora está expandindo seus negócios para a América Latina e a África.
Li tem mais de 3 mil funcionários no Paquistão, Bangladesh e na Índia, prontos para oferecer “serviços pós-empréstimo”.
Ele então explicou o que a sua empresa faz para recuperar os valores emprestados.
“Se você não pagar, nós podemos adicionar você no WhatsApp e, no terceiro dia, iremos ligar e enviar mensagens para você ao mesmo tempo e ligar para os seus contatos”, contou ele. “E, no quarto dia, se os seus contatos não pagarem, temos procedimentos detalhados e específicos.”
“Nós acessamos os seus registros de chamadas e capturamos muitas informações. Basicamente, é como se você estivesse nu na nossa frente.”
A vergonha e a reviravolta
Bhoomi Sinhaa conseguiu lidar com o assédio, as ameaças, os abusos e a exaustão, mas não com a vergonha de ser relacionada àquela imagem pornográfica.
“Aquela mensagem realmente me deixou nua frente ao mundo inteiro”, ela conta. “Perdi meu autorrespeito, minha moralidade, minha dignidade, tudo em um segundo.
A imagem foi enviada para advogados, arquitetos, funcionários do governo, parentes idosos e amigos dos seus pais – pessoas que nunca mais olhariam para ela da mesma forma.
“Aquilo me marcou profundamente”, ela conta. “É como colar um copo quebrado, sempre haverá rachaduras.”
Ela foi excluída pelos vizinhos da comunidade onde morou por 40 anos. “Até hoje, não tenho amigos. Sou só eu, eu acho”, diz ela, com um sorriso amargo.
Alguns dos seus parentes não falam com ela até hoje. E ela imagina constantemente se os homens que trabalham com ela ficam imaginando-a sem roupas.
Na manhã em que sua filha Astha a encontrou, ela estava no fundo do poço. Mas aquele foi também o momento em que ela decidiu enfrentar a situação.
“Não quero morrer assim”, decidiu ela.
Bhoomi Sinhaa denunciou o caso à polícia, mas não teve notícias desde então.
Tudo o que ela pôde fazer foi mudar seu número de telefone e se livrar do chip. E, quando sua filha Astha começou a receber ligações, ela também destruiu o dela.
Bhoomi pediu aos amigos, à família e aos colegas que ignorassem as ligações e mensagens. Até que, um dia, todas elas pararam.
Bhoomi encontrou apoio entre suas irmãs, seu chefe e em uma comunidade online de outras pessoas assediadas pelos aplicativos de empréstimos. Mas, principalmente, ela encontrou força na sua filha.
“Devo ter feito algo de bom para ter uma filha como esta”, conta Bhoomi. “Se ela não tivesse ficado do meu lado, eu teria sido uma das muitas pessoas que se mataram por causa dos aplicativos de empréstimos.”
A BBC apresentou as informações desta reportagem à Asan Loan e, através de contatos, a Liang Tian Tian e Parshuram Takve, cujo paradeiro é desconhecido. Nem a empresa, nem o casal responderam aos contatos.
Li Xiang respondeu ao pedido de comentários da BBC, afirmando que ele e suas empresas cumprem com todas as leis e regulamentações locais e nunca dirigiram aplicativos de empréstimos predatórios. Ele declarou ainda que interrompeu sua colaboração com a Jiyaliang – a empresa de cobranças dirigida por Liang Tian Tian e Parshuram Takve – e não coletou nem usou informações de contato de clientes.
Ele afirmou que suas centrais de atendimento e cobrança respeitam padrões rigorosos e negou que tenha lucrado com o sofrimento dos cidadãos indianos comuns.
A Majesty Legal Services nega o uso de contatos de clientes para recuperar empréstimos. Eles nos disseram que seus agentes são instruídos a evitar ligações abusivas ou ameaçadoras e que qualquer violação das políticas da empresa resulta em demissão.
Presença na América Latina
Os aplicativos de empréstimos extorsivos também são conhecidos na América Latina.
No México, a ONG Consejo Ciudadano já recebeu 19,2 mil denúncias de assédio desses aplicativos desde 2020. Seus responsáveis já registraram duas tentativas de suicídio de pessoas que sofreram extorsão.
Além da conhecida manipulação de fotos subtraídas do celular das pessoas que instalaram os aplicativos e seu compartilhamento com os contatos do telefone para difamá-las, surgiu recentemente outra modalidade, que envolve o “sequestro” dos celulares das vítimas.
Seus perpetradores instalam no aparelho da vítima um programa maligno que a impede de ter acesso a suas informações enquanto não pagar a dívida sendo cobrada.
Dados da ONG mexicana indicam que intervenções policiais recentes ajudaram a reduzir o número de denúncias – ainda na casa de 800 casos por mês.
Na Colômbia, a Superintendência de Indústria e Comércio (SIC) relatou ter recebido 338 denúncias de aplicativos de créditos informais entre janeiro e julho de 2022, mas os especialistas acreditam que o número real de delitos seja muito maior.
A SIC afirma que os delitos cometidos são de informações enganosas, falta de qualidade de serviço, cláusulas abusivas, falta de mecanismos de atendimento e abuso psicológico.
Até o momento, existem 61 processos de intervenção em aplicativos ativos e 61 processos judiciais, com 459 pessoas (físicas e jurídicas) investigadas na Colômbia.
O número de pessoas afetadas pelas extorsões no país chega a 261.602, com valor total conhecido de 4.317.590.287.132 pesos (pouco mais de US$ 1 bilhão, ou R$ 4,9 bilhões).
No Peru, as autoridades já detectaram o aumento deste tipo de delito.
O coronel Marco Conde, chefe da Divisão de Roubos da Polícia Nacional peruana, declarou à BBC News Mundo (o serviço em espanhol da BBC) que “práticas como empréstimos extorsivos têm sido frequentes no Peru e foi detectado um crescimento nos últimos anos”. Mas não há números oficiais disponíveis
“Na maioria dos casos, trata-se de fotos roubadas que são manipuladas e compartilhadas com os contatos do telefone, mas também há casos em que se exige que os contatos paguem a dívida pendente”, segundo Conde.
* Com colaboração de Ronny Sen, Shwetika Prashar, Syed Hasan, Ankur Jain, da equipe do programa BBC Eye. Agradecemos também aos repórteres disfarçados que não podem ser identificados por questões de segurança.
Informações da América Latina fornecidas por Marcos González, Daniel Pardo e Guillermo d. Olmo, da BBC News Mundo (o serviço em espanhol da BBC).
Fonte: BBC
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