Um homem que fazia uma trilha numa área de mata, em Igarassu, na Região Metropolitana do Recife, nesse domingo (12), morreu após ser atacado por abelhas.
Identificado como Severino Paulo da Silva, de 46 anos, ele foi socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Igarassu. No entanto, chegou já sem vida.
A assessoria de comunicação da unidade de saúde disse que “foram realizados procedimentos de reanimação, mas que não tiveram sucesso”.
Um segundo homem, chamado Krisna Murari Albuquerque Rodrigues, conhecido como “Muralha”, também foi atendido na UPA de Igarassu, mas foi transferido posteriormente para o Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, área central do Recife. Na UPA, ele recebeu os cuidados necessários “para estabilização de seu quadro de saúde”.
Segundo informou à reportagem a assessoria de comunicação HR, nesta segunda-feira (13), Krisna deu entrada na emergência clínica, no início da tarde do domingo. Ele passa bem e recebeu alta na manhã desta segunda.
Por meio de nota, o grupo Vem Correr UV na Pista, do qual Severino Paulo fazia parte, e que organizava a trilha, lamentou a morte do colega.
“Hoje na nossa trilha infelizmente corredores foram atacados por abelhas africanas, onde um dos nossos amigos, o atleta Paulo, veio a óbito e o amigo corredor Muralha, está em recuperação no HR. Nosso sentimentos à família e aos amigos do atleta Paulo e desejamos a você Muralha, melhoras e uma rápida recuperação”, postou o grupo, em seu perfil no Instagram.
Cuidados necessários
Para evitar incidentes com abelhas ou outros tipos de insetos em áreas de mata, alguns cuidados são importantes. Cobrir a maior parte do corpo com tecidos de proteção e utilizar repelentes, no caso de outros tipos de picadas de insetos, são algumas das medidas. Ao ver um enxame de abelhas, é importante se afastar do local.
“Se a pessoa já tem conhecimento de ser alérgico, os cuidados são muito maiores, porque o seu organismo já desenvolveu o que chamamos de cascata de reação, liberando algumas substâncias que terão ação alérgica no seu corpo que vai responder a liberação dessas substâncias, desde edema, prurido, vermelhidão, até mesmo à situações que podem levar a um edema de glote, por exemplo”, explicou o médico coordenador médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Jaboatão, Cícero Barros.
Caso a vítima não tenha acesso a atendimento médico de imediato, é necessário retirar os ferrões para evitar que todo o veneno seja injetado no corpo. A recomendação é fazer a retirada com o auxílio de uma lâmina de canivete ou faca, raspando cuidadosamente a pele. Não é recomendável utilizar dedo ou pinça para não comprimir a bolsa de veneno, de acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE).
Lavar abundantemente os locais atingidos com água corrente e sem esfregar a pele também é fundamental, segundo o CBMCE. Se possível, devem ser aplicadas bolsas de gelo no local das picadas para diminuir o inchaço. Além disso, aplicar uma pomada com antialérgico e analgésico sem esfregar auxilia para amenizar as dores.
Nos casos de pessoas alérgicas e nos pacientes que não estão passando bem, a orientação é procurar atendimento médico com urgência.
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