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Fórum internacional realizado pelo Recife promove diálogos sobre equidade de gênero e uma cidade mais igualitária

Evento, que está sendo realizado no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu, marca o compromisso da gestão municipal de tornar o Recife uma cidade não-sexista até 2037. (Foto: Edson Holanda/PCR)

Para construir uma cidade com cada vez mais equidade de gênero, a Prefeitura do Recife realiza o Fórum Internacional “Recife: Cidade Não Sexista – Diálogos Globais para a Construção de uma Cidade Mais Igualitária”, marcando o compromisso de tornar o Recife uma cidade não-sexista até 2037, quando será a primeira capital do Brasil a completar 500 anos. A abertura do evento ocorreu no fim da tarde desta segunda-feira (16), com a presença do prefeito João Campos, no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem. Nesta terça-feira (17), segundo e último dia do fórum, os painéis começarão às 9h. 

“É muito importante a gente trazer para o debate das cidades a formação de uma cidade não-sexista – uma cidade que seja construída pensando no respeito, na equidade e na inclusão. Para que a gente possa ter a pauta de gênero como uma pauta central na construção de uma cidade mais justa. A maioria da nossa população é feminina, então que a gente possa trazer isso para o debate da construção da cidade”, declarou João Campos durante a abertura. “Temas que são transversais, como a construção de espaços públicos, políticas educacionais, políticas de saúde, podem e devem ter um olhar especial, atento e cuidadoso para corrigir distorções históricas. Quando a gente discute esses temas, a gente materializa as ideias em ações práticas para a cidade poder efetivar no dia a dia”, acrescentou ele.

A principal meta do Fórum Internacional é reforçar o pioneirismo do Recife neste debate tão necessário para a sociedade, mas também mostrar que a gestão municipal já está colocando em prática o compromisso com a transformação do Recife em uma cidade não-sexista. Durante a abertura do evento, o prefeito João Campos e a vice-prefeita Isabella de Roldão assinaram uma carta-compromisso com algumas diretrizes que vão guiar os cidadãos nessa construção, por meio do Plano Recife 500 Anos.  

Para a vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão, o fórum planta a semente de uma futura cidade não-sexista. “É preciso construir uma sociedade que caiba todas e todos com as suas potencialidades. Para que as meninas que já nasceram e as que ainda vão nascer encontrem uma cidade onde elas possam ser respeitadas e possam sair sem temer. Hoje a gente planta uma semente, dá início à fundação de uma cidade não-sexista. Isso vai persistir, continuar e ninguém vai ter coragem de desfazer”, afirmou ela.

De acordo com Cristina Buarque, que foi a primeira secretária da Mulher de Pernambuco, uma cidade não-sexista seria também uma cidade que não discrimina por cor, idade, religião etc: “É uma honra fazer parte desse momento. A ideia de construir uma cidade não-sexista é muito importante, que Recife seja essa cidade. E uma cidade não-sexista é também uma cidade que deve ser não racista, que não deve ser etarista, que não deve ser preconceituosa em termos religiosos e culturais”. 

Nesta terça-feira, a partir das 9h, serão realizados quatro painéis ao longo do dia: Educação e Formação para Igualdade de Gênero: O Papel da Educação Como Elemento Transformador para a Formação Cidadã; Mulher e Poder: Desafios e Perspectivas da Participação Feminina nos Espaços de Poder; A Agenda Internacional e os ODS’s: Como Construir Cidades Não Sexistas, Inclusivas e Sustentáveis?; e Inovação e Tecnologia para Igualdade de Gênero: Potencializando Avanços e Desafios na Construção de uma Cidade Não Sexista.  

POLÍTICAS PÚBLICAS – A gestão municipal atua sistematicamente na construção de políticas públicas que favoreçam as mulheres e a igualdade de gênero. São exemplos o Centro de Referência Clarice Lispector; as salas de atendimento à mulher nos Compaz Ariano Suassuna, Eduardo Campos e Dom Helder; o projeto Maria da Penha Vai à Escola; o programa Empodera; o Tá Com elas: O Crédito é da Mulher; e a Unidade Móvel de Atendimento à Mulher.

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