De acordo com a Arquidiocese, apesar de ser assim conhecido, esse domingo é, na verdade, o Primeiro Domingo de Páscoa, já que a Páscoa teve início no sábado à noite, com a ressurreição. O período Pascal dura 50 dias, até o domingo de Pentecostes, que este ano será celebrado em 5 de junho.
“A Páscoa é a solenidade mais importante do ano litúrgico, porque nós celebramos a vitória do Cristo sobre a morte. A ressurreição e a vida. O Próprio Paulo lembra que se Cristo não tivesse ressuscitado, a nossa fé seria vã, por isso que nos preparamos durante 40 dias de quaresma para celebrar com entusiasmo a Páscoa que dura pelo menos 50 dias, o tempo Pascal. Páscoa é passagem, é mudança para uma vida nova, é um comprometimento com a verdade do evangelho”, pontuou Dom Fernando Saburido.
O período pascal é uma época para colocar em prática o evangelho e viver a caridade.
“Nós somos convidados na páscoa a realizarmos gestos de amor, em resposta ao grande gesto de amor que foi o Cristo que doou a sua vida por todos nós e ressuscitou dos mortos, de modo que a gente vai viver bem a Páscoa se procurar colocar em prática o evangelho, viver mais a caridade, tendo sensibilidade social e pastoral, procurando estar cada vez mais presente na vida do povo, combatendo as injustiças, procurando defender a verdade, tudo isso são formas de vivermos plenamente esse amor que o evangelho nos propõe”, destacou o arcebispo.
Durante dois anos, devido à pandemia da Covid-19, as celebrações do período pascal não contaram com a presença integral do público. As celebrações deste ano marcam o retorno dos fiéis às igrejas.
Para Dom Fernando Saburido, a alegria e a emoção estão presentes nas celebrações.
“Foi uma emoção grande, depois de dois anos sem ter a participação do povo, nós percebemos que o público ficou muito feliz. Acho que aumentou muito esse ano a participação do povo de Deus. A gente sente na expressão das pessoas a alegria de estarmos reunidos como comunidade, como igreja, para celebrar esses mistérios centrais da nossa fé. Vamos agradecer a Deus porque a pandemia realmente está passando, graças à vacina. Que a pandemia desapareça de vez e possamos voltar tranquilamente sempre com a comunidade”.
A aposentada Maria das Graças participa, todos os domingos, das missas que ocorrem na Catedral da Sé e neste Domingo de Páscoa não poderia ser diferente.
“Deus é maravilhoso, todos os domingos eu estou aqui na Igreja da Sé, sempre participo de tudo. E hoje é um dia maravilhoso, melhor ainda, de ressurreição de Jesus, é por isso que eu estou aqui. Eu nem consigo explicar o meu sentimento nesse momento após dois anos sem poder vir. Nesse período muita gente se foi”, pontuou Maria das Graças.
Ângela Maria, também aposentada, considera as celebrações de Páscoa momentos muito importantes e destaca que os cuidados com a pandemia devem continuar.
“A minha sensação é de paz e que essa pandemia vá embora e deixe de morrer tanta gente, eu perdi uma irmã para a Covid. Nesse momento, eu peço muita paz. As celebrações são muito importantes para mim e desejo que todo mundo venha, mas use máscara e álcool em gel que é importante. Páscoa para mim é alegria”, disse.
A advogada Anna Dantas, da paróquia de Cajueiro, veio para a Igreja da Sé especialmente para a missa.
“Para gente é uma coisa muito importante essa volta da conexão com a comunidade, com a igreja em si, com o rito não só pela internet, mas sentindo a presença do público, dos fiéis e da paróquia. Depois de dois anos é quase inimaginável, parece que não ia chegar nunca. É um momento, em todos os sentidos, de celebração. Para mim a Páscoa é um momento da gente pensar no imenso amor que Jesus teve por nós, é um momento de reconstrução da nossa fé. Imagine, Deus deu seu único filho para que nós pudéssemos ter vida em abundância, então é incrível, é muito especial para os católicos”, destacou Anna.
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