Os atletas russos e bielorrussos vão continuar “excluídos” das competições internacionais no “futuro próximo”, devido à invasão russa da Ucrânia, informou, nesta quinta-feira (23), o presidente da Federação Internacional de Atletismo (World Athletics), Sebastian Coe, a um ano e meio dos Jogos Olímpicos de Paris.
O Conselho do World Athletics decidiu, por sua vez, reintegrar a Federação Russa de Atletismo, que estava suspensa há mais de sete anos devido a um grande escândalo de doping. Esta decisão não muda nada sobre sua participação imediata nas competições.
A posição era especialmente esperada e significativa, em um momento em que o esporte mundial debate sobre a reintegração de atletas russos e bielorrussos, na perspetiva, sobretudo, das Olimpíadas de Paris.
Depois de ter “recomendado”, em fevereiro de 2022, a sua exclusão de competições internacionais, o Comitê Olímpico Internacional (COI) demonstrou, no início do ano, a sua vontade de “explorar caminhos” para a reintegração destes atletas, eventualmente sob uma bandeira neutra e com a condição de que não tivessem “apoiado ativamente a guerra na Ucrânia”.
A sugestão do COI, no entanto, gerou grande polêmica e ameaças de boicotes.
A World Athletics decidiu criar um grupo de trabalho para a analisar a situação da exclusão dos atletas em questão devido à invasão da Ucrânia.
Às vésperas da fase classificatória (em abril) para os Jogos Olímpicos, a Federação Internacional de Esgrima (FIE), votou em 10 de março a favor da reintegração de russos e bielorrussos em suas competições.
Já a Federação Ucraniana de Esgrima anunciou nesta semana que irá boicotar as competições envolvendo representantes destes dois países.
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Fonte: Folha PE
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