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Faltando três rodadas para final da Série B, Náutico tem defesa mais vazada das últimas seis edições

Restando apenas três rodadas para o fim da Série B, o Náutico pode ter seu rebaixamento decretado ainda nesta semana, dependendo do resultado da partida entre Chapecoense e Tombense. O saldo de gols do Timbu reflete o falho desempenho ao longo do ano, com um total de 60 gols sofridos – e contando. Uma média de 1,7 gols por partida do Brasileiro.

A marca é a maior da Série B desde 2015, quando ABC Mogi Mirim finalizaram suas campanhas no Brasileiro com 64 e 69 gols sofridos, respectivamente. Ambas as equipes foram rebaixadas para a terceira divisão naquele ano.

O número em si não é inédito ao Timbu na Série B. Em 2010, o Alvirrubro da Rosa e Silva fechou o ano com a mesma marca. No entanto, a equipe comandada por Dado Cavalcanti ainda corre o risco de aumentar a diferença nas partidas contra Grêmio, Chapecoense e Ponte Preta. Já pela Série A, o Náutico chegou a terminar a campanha com 79 gols contrários em 2013, considerada uma das suas piores temporadas.

Na disputa de 2022, nenhuma outra equipe sequer chegou perto de ter o mesmo número de gols sofridos que o Timbu. As segundas defesas mais vazadas são do do Operário e do Novorizontino, ambos com 43 gols tomados. O mesmo Novorizontino foi responsável por aumentar brutalmente a marca do Náutico, com goleada de 6 x 0 na última sexta (14).

A defesa foi justamente a pedra no sapato do Náutico durante todo o ano. Após a saída de Camutanga da zaga, o clube nunca conseguiu encontrar um substituto fixo. Um dos nomes para a sucessão era Carlão, que acabou transferido para o espanhol Almería quando estava começando a se encontrar nas quatro linhas com a camisa alvirrubra.

Outros nomes frequentes para o setor, como João Paulo e Wellington, foram encontrados nas opções já à disposição do clube, que preferiu direcionar os esforços de contratação para outras áreas na maior parte do ano. Foi nas eras de Felipe Conceição e Elano Blumer que chegaram os únicos reforços contratados para a zaga durante toda a Série B: Bruno Bispo, Arthur Henrique e Maurício – o primeiro, deixou o clube após a saída do executivo de futebol Ari Barros, e o terceiro, afastado por lesão.

O setor defensivo também foi prejudicado pela instabilidade nas laterais. Com as lesões de Hereda e Bryan, este que acabava de se recuperar, o Náutico se reforçou com nomes como Anilson, Thiago Ennes, João Lucas e Victor Ferraz, além de Aílton Silva, que já deixou os Aflitos. No gol, a perda do goleiro Lucas Perri, determinante para a conquista do Campeonato Pernambucano, estremeceu ainda mais o desempenho defensivo da equipe, que não encontrou a mesma regularidade com Jean e Bruno.

Mesmo com a pior defesa do campeonato, é improvável que o Náutico supere a marca do Mogi Mirim em 2015, precisando sofrer novas goleadas para tal feito, mas os números do ABC não estão fora da realidade, especialmente pela média de gols sofridos por jogo pelo Alvirrubro. Com probabilidade de 99,83% de ser rebaixado, segundo o Departamento de Estatística da UFMG, o próximo confronto do Náutico é contra o Grêmio, nos Aflitos, no domingo (22).

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Fonte: Folha PE

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