Depois do decreto presidencial que autoriza a Aeronáutica a controlar o espaço aéreo do território indígena Yanomami, em Roraima, a FAB, Força Aérea Brasileira, ativou, nesta quarta-feira (01), a ZIDA, Zona de Identificação de Defesa Aérea, como parte da Operação Escudo Yanomami.
Essa zona é dividida em três áreas: a área branca – a reservada – que autoriza voos na área, apenas acima de determinada altitude. A área amarela – a restrita – permite a circulação de aeronaves com plano de voo e em contato com o órgão de controle. E na área vermelha – a proibida – é permitida a circulação apenas de aviões da FAB ou de órgãos envolvidos na operação Escudo Yanomami.
Segundo a FAB, a ideia é aumentar a capacidade “Defesa Aérea” no combate ao garimpo ilegal da área da Terra Indígena Yanomami. Com isso, qualquer aeronave que sobrevoar a região controlada pela força aérea fica sujeita às medidas de policiamento do espaço aéreo.
Para intensificar o controle do espaço aéreo e impedir a circulação de aviões utilizados por garimpeiros na região, a FAB vai instalar, ainda, um radar, que aumenta a capacidade de detectar e controlar a presença de aeronaves proibidas. Apesar disso, outras duas aeronaves radar já circulam na região.
O decreto assinado pelo Presidente Lula, na última segunda-feira, permite que a FAB realize o controle do espaço aéreo e que polícia Federal e IBAMA, por exemplo, interditem aviões e equipamentos de apoio ao garimpo ilegal. Essa atividade é uma das causas da crise humanitária vivida por Yanomamis, em Roraima, onde já morreram mais de 500 indígenas, vítimas de desnutrição e doenças evitáveis.
Fonte: Agência Brasil
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