O espetáculo “O Boi Voador” encerrou na noite deste domingo (17) as comemorações dos 486 anos do Recife. Três anos se passaram desde a última vez que o boi sobrevoou a Praça do Marco Zero, no bairro do Recife. Neste ano, a apresentação reuniu um público com centenas de pessoas e foi repleta de emoção e saudosismo, deixando todo o público encantado.
Essa foi a terceira edição do Boi Voador, que é realizado pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Turismo e Lazer, com apoio do Programa Recentro. O espetáculo conta com texto e direção do ator, diretor e dramaturgo Ruy Aguiar. A vestimenta do grande protagonista, o boi, é assinada por Leopoldo Nóbrega, responsável nos últimos anos pela maior alegoria do Carnaval recifense, o Galo gigante.
O Boi Voador é uma peça teatral que faz uma visita ao século XVII, levando o público para vivenciar momentos e personagens do período holandês em Pernambuco. O enredo do espetáculo traz o momento em que Maurício de Nassau chegou para governar a Nova Holanda, como era chamado o Brasil naquele tempo. O Conde chegou acompanhado de inúmeros intelectuais e isso gerou muito burburinho e ansiedade na população local.
O espetáculo do Boi deste ano utilizou o conjunto arquitetônico do entorno do Marco Zero e contou neste ano com novas incorporações para apresentação. Neste ano, novos personagens agregam à história como João Fernandes Vieira e Maria César, que vivem uma cena romântica. Outra novidade foi a introdução de músicas inéditas, compostas ao estilo da época, pelo músico pernambucano Demétrio Rangel. Houve ainda destaque para a Modinha e o Lundu, ritmos trazidos da Europa e África, respectivamente, grandes influenciadoras da Música Popular Brasileira.
Em cena, estiveram cerca de 100 atores e bailarinos pernambucanos para contar a história. O momento mais marcante da apresentação foi a cena em que Nassau “fez um boi voar”. Na ocasião, Nassau estava sendo questionado pela demora da construção da ponte e já estava, segundo a pitoresca história, virando motivo de piada, onde todos diziam ser mais fácil um Boi Voar, que Nassau terminar a ponte.
Outra novidade do espetáculo foi a cena da chegada da Corte de Nassau, onde atores e bailarinos, com adereços em formato de velas, apresentaram uma coreografia inédita, representando as caravelas que trouxeram os europeus.
O professor de 33 anos, Icaro de Paula Santos, aproveitou a noite de domingo para trazer seu filho, Luca, de 4 anos, e as sobrinhas Analu e Juliê, de 4 e 9 anos, respectivamente, para assistir o espetáculo e conhecer de outra forma a história da cidade.
“É uma oportunidade de movimentar a cidade, trazer a família e ter um entretenimento. Conheço a história mas é importante trazer para meu filho, vim prestigiar para ter esse entendimento. Meu filho ficou me perguntando como que o boi iria voar, e expliquei que esse foi o sentimento que a população teve na época”, disse.
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