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Em estreia de Dado Cavalcanti, Náutico enfrenta o Cruzeiro

A estreia do técnico Dado Cavalcanti no Náutico não poderia ter adversário mais complicado. Nesta sexta (26), no Independência, o Timbu visita o Cruzeiro. Os mineiros lideram a competição, possuem o melhor ataque, segunda melhor defesa, além de serem os melhores mandantes (invictos) e visitantes. No papel, o confronto é o mais difícil da competição. Principalmente para quem está na lanterna, com 21 pontos, brigando contra o rebaixamento. 

“O confronto é pesado. O Cruzeiro tem uma superioridade em todos os aspectos diante dos times da Série B. Não tem apenas um destaque no elenco. O destaque é a coletividade. Tem um modelo específico na pressão de retomada da posse de bola. Ele coloca seu adversário nas cordas. Na pressão, acaba construindo a vitória. Sabe explorar bem a velocidade dos jogadores”, afirmou o técnico Dado Cavalcanti.

E como parar o Cruzeiro? “Nossa ideia é diminuir os espaços. Tem duas possibilidades: ou diminui na frente, pressionando alto, ou atrás, marcando baixo. Marcar médio é suicídio. Dar espaço aos passadores, corredores, atacando as costas da nossa defesa, nos deixaria vulneráveis. Vamos procurar um equilíbrio coletivo, podendo também jogar, com todos participando da marcação”, frisou.

Escalação

Longe de adotar segredo, Dado confirmou que colocará em campo a equipe que trabalhou nos últimos treinamentos. “Não tem mistério. A escalação é a que treinou. O time que inicia é importante, mas talvez o mais importante seja o que finaliza. O final do jogo precisa ser mais trabalhado. Tenho cinco trocas à disposição e pretendo usar todas, entendendo que há necessidades de ajustes. Procurei mesclar o time na condição técnica, mas com um pouco mais de intensidade e competitividade”, declarou.

Cálculos contra queda

Apenas três equipes foram rebaixadas com 45 pontos na Série B, número que, segundo o “Chance de Gol”, deixaria o Náutico 99% de probabilidade de permanecer na segunda divisão. Em 2007, o Paulista atingiu a marca e ficou em 17º. O Ceará, 16º, terminou com 50. Em 2010, o Brasiliense fez 46, mas caiu à Série C por empatar com o Vila Nova na pontuação, levando a pior no critério de vitórias. Em 2011, o Icasa foi rebaixado com 47 pontos, um a menos que o ASA, em 16º e primeiro fora do Z4. 

Em 2020, o Náutico conseguiu evitar o rebaixamento ao somar 44 pontos. O Timbu foi o 16º, uma posição acima da zona, que tinha o Figueirense, com 39, abrindo a lista de clubes que caíram à Série C. Em 2022, o Alvirrubro, atual lanterna do torneio, com 21 pontos, tem 94,2% de chances de rebaixamento. 

Na atual circunstância, o Náutico se agarra ao exemplo de 2012, do Bragantino, único clube, desde 2006, a conseguir evitar o rebaixamento à Série C tendo menos do que 22 pontos após a 25ª rodada. Os paulistas tinham 19 no recorte há dez anos. Contudo, engataram uma série de bons resultados e, no fim, encerraram a Série B com 44 pontos, na 16ª posição. O 16º colocado da Segundona 2022 é o CSA, com 26 pontos, cinco acima do Timbu.

Ficha técnica

Cruzeiro

Rafael Cabral; Eduardo Brock, Lucas Oliveira e Zé Ivaldo; Daniel Jr. (Wesley Gasolina), Machado (Willian Oliveira), Neto Moura, Chay (Rafa Silva) e Matheus Bidu; Luvannor (Lincoln) e Bruno Rodrigues (Pablo Siles). Técnico: Paulo Pezzolano

Náutico

Bruno; Anilson, Wellington, João Paulo e João Lucas; Jóbson, Thomaz (Victor Ferraz), Souza e Jean Carlos; Júlio Vítor (Everton) e Kieza. Técnico: Dado Cavalcanti

Local: Independência (Belo Horizonte/MG)


Horário: 21h30


Árbitro: Rodolpho Toski Marques (FIFA-PR). Assistentes: Ivan Carlos Bohn (PR) e Lilian da Silva Fernandes Bruno (RJ)


VAR: Vinicius Furlan (SP)

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Fonte: Folha PE

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