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Por Luiz Gonzaga Jr – Hoje Pernambuco
Nas eleições de 2022, a cidade de Jaboatão dos Guararapes mostrou nas urnas o fator imprevisibilidade. No primeiro turno, Danilo Cabral(PSB), “apoiado” pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT), obteve 36.817 votos, enquanto Anderson Ferreira(PL) conquistou 94.058 votos, demonstrando uma clara superioridade na cidade.
O município de Jaboatão dos Guararapes sempre se destacou por eleger seus prefeitos sem influências externas de presidentes ou governadores. Esse padrão se repetiu em várias eleições passadas, reforçando a ideia de que a cidade é uma verdadeira “caixinha de surpresas” no cenário político.
No segundo turno, a candidata apoiada por Lula mudou para Marília Arraes, do Solidariedade (SD), que obteve 114.398 votos. Ela enfrentou Raquel Lyra, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que se manteve neutra em relação à escolha do presidente. Raquel Lyra recebeu 237.802 votos, demonstrando mais uma vez que a “esquerda lulista” não estava com essa força toda na cidade.
A presença do apoio de Lula à candidatura de Marília Arraes evidenciou que, apesar do histórico político da cidade, o respaldo das “forças de esquerda” não tiveram o impacto esperado em Jaboatão dos Guararapes. Pedro Campos, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), filho de Eduardo Campos e irmão do bem-avaliado prefeito do Recife, conquistou apenas 8.331 votos na cidade, contrastando com seu desempenho na capital. Na mesma cidade, André Ferreira(PL) teve 36.636 votos contando com o apoio da máquina e do eleitorado de Bolsonaro.
No Recife, onde seu irmão, João Campos, é prefeito, Pedro Campos recebeu 52.613 votos, enquanto o candidato do partido de Bolsonaro, André Ferreira, do Partido Liberal (PL), obteve 68.727 votos. Vale ressaltar que Pedro Campos contava com o apoio das duas máquinas políticas mais poderosas do estado, a Prefeitura do Recife e o Governo do Estado.
As eleições em Jaboatão dos Guararapes continuam a ser marcadas por surpresas e incertezas, onde todos os candidatos têm chances, independentemente do apoio presidencial ou das influências externas. Isso reforça a singularidade política desta cidade que continua a desafiar as expectativas eleitorais.
Hoje o presidente Lula(PT) não “nada de braçada” com tanta aprovação, segundo dados do próprio ministério da cidade a redução no repasse do FPM em Jaboatão atinge quase R$40 milhões em seis meses. É significante a perca de repasse na cidade. Isso se réplica para todo país. Nas eleições, como é que Lula estará no quesito aprovação e rejeição ? Muitas águas irão rolar até outubro de 2024.
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