Todas as 577 mil urnas eletrônicas do país vão trazer, nas eleições de outubro deste ano, novos dispositivos de acessibilidade. Uma das novidades é a tradução em Libras – Língua Brasileira dos Sinais. Uma das idealizadoras do projeto Inclusão plena de eleitores surdos é a servidora aposentada do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul. A região Centro-Oeste do país é que mais concentra eleitores com deficiência auditiva cadastrados para votar: 11,3%. Em todo o país, são mais de 111 mil eleitores com deficiência auditiva, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral.
Pela primeira vez, um vídeo feito por um intérprete de Libras irá informar ao eleitor qual cargo está em votação e será exibido na sequência: deputado federal, deputado estadual ou distrital, senador, governador e presidente.
A gravação será apresentada nas 224 mil novas urnas eletrônicas e também nas versões antigas, totalizando 577 mil urnas. Não há necessidade de cadastro prévio para o acesso ao recurso.
De acordo com Ana Rute de Albuquerque, secretária da Associação dos Surdos do Maranhão, os problemas dos eleitores surdos vão além do momento da votação, como a falta de campanhas específicas para esse público.
A quantidade de pessoas com deficiência auditiva corresponde a 0,07% do total de eleitores brasileiros. Mais de 600 zonas eleitorais têm registrado apenas um eleitor nesse perfil. Mesmo assim, Ana Rute reforça que iniciativas inclusivas são um incentivo para o exercício pleno da democracia.
Além do intérprete de Libras, as urnas mantêm os teclados em braile para eleitores com deficiência visual. Quem precisar de descrição em áudio, deverá pedir ao mesário para usar os fones de ouvido.
Fonte: Agência Brasil
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