A eleição de Jair Bolsonaro em 2018 trouxe novas caras à política brasileira — pessoas com pouca experiência nessa esfera que foram alçadas a cargos públicos na esteira da popularidade do presidente.
Mas no decorrer dos últimos anos, muitos deles romperam com o presidente. Alguns dos ex-aliados mais famosos, entretanto, não conseguiram se eleger no domingo, como o deputado federal Alexandre Frota e os irmãos Arthur e Abraham Weintraub, respectivamente ex-assessor especial da Presidência e ex-ministro da Educação.
Confira abaixo o desempenho de alguns expoentes e ex-expoentes do bolsonarismo nas urnas no domingo (02/10).
Eleitos
Muitos dos ex-ministros de Bolsonaro que largaram o governo para concorrer a cargos conseguiram se eleger, como Damares Alves (da pasta Mulher, Família e Direitos Humanos), Tereza Cristina (Agricultura) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia). Outros políticos fizeram movimentos de aproximação com o bolsonarismo — caso do senador Romário, que se filiou ao PL do presidente.
E houve também novatos, como o vereador mineiro Nikolas Ferreira, que com uma campanha inspirada em Bolsonaro se tornou o deputado federal mais votado do país este ano. Entre os ex-aliados do presidente, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro e o deputado federal Kim Kataguri conseguiram se eleger.
- Ana Campagnolo (PL) — deputada estadual mais votada de SC, com 196.571 votos
- André Fernandes (PL) — deputado federal mais votado do CE, com 229.509 votos
- Bia Kicis (PL) — deputada federal mais votada do DF, com 214.733 votos
- Carla Zambelli (PL) — deputada federal por SP, com 946.244 votos
- Carol de Toni (PL) — deputada federal mais votada de SC, com 227.632 votos
- Claudio Castro (PL) — governador eleito no RJ, com 4.930.288 votos
- Damares Alves (Republicanos) — senadora pelo DF, com 714.562 votos
- Eduardo Bolsonaro (PL) — deputado federal por SP, com 741.701 votos
- Eduardo Pazuello (PL) — deputado federal pelo RJ, com 205.324 votos
- Hamilton Mourão (Republicanos) — senador pelo RS, com 2.593.294 votos
- Jorge Seif (PL) — senador por SC, com 1.484.110 votos
- Kim Kataguiri (União) — deputado federal por SP, com 295.460 votos
- Magno Malta (PL) — senador pelo ES, com 821.189 votos
- Astronauta Marcos Pontes (PL) — senador por SP, com 10.714.913 votos
- Nikollas Ferreira (PL) — deputado federal mais votado por MG, com 1.492.047 votos
- Ricardo Salles (PL) — deputado federal por SP, com 640.918 votos
- Romario (PL) — senador pelo RJ, com 2.384.331 votos
- Sergio Moro (União) — senador pelo PR, com 1.953.188 votos
- Tenente Coronel Zucco (Republicanos) — deputado federal mais votado no RS, com 259.053 votos
- Tereza Cristina (PP) — senadora pelo MS, com 829.149 votos
Candidatos que estão no segundo turno:
- Onyx Lorenzoni (PL) — candidato a governador no RS, primeiro colocado no primeiro turno, com 2.382.026 votos
- Jorginho Mello (PL) — candidato a governador em SC, primeiro colocado no primeiro turno, com 1.575.912 votos
- Tarcísio (Republicanos) — candidato a governador em SP, primeiro colocado no primeiro turno, com 9.881.995 votos
Não eleitos:
A lista de expoentes do bolsonarismo que não conseguiram se eleger inclui desde pessoas que romperam com o presidente (caso de Janaína Paschoal, Joice Hasselman, Alexandre Frota e dos irmãos Arthur e Abraham Weintraub) a aqueles que buscaram colar sua imagem na do presidente sem sucesso (como a médica Nise Yamaguchi, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro Fabrício Queiroz e parentes do presidente). O deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos, conhecido por ter hostilizado a jornalista Vera Magalhães após um debate para as eleições estaduais de São Paulo), também não conseguiu se eleger.
E há também políticos estabelecidos que se aliaram à Bolsonaro sem conseguir se eleger, como Fernando Collor.
- Abraham Weintraub (PMB) — deputado federal em SP, 4.057 votos
- Adrilles Jorge (PTB) — deputado federal em SP, 91.485 votos
- Alê Silva (Republicanos) — deputado federal em MG, 34.779 votos (suplente)
- Alexandre Frota — deputado estadual em SP, 24.224 votos (suplente)
- Arthur Weintraub (PMB) — deputado federal em SP, 1.990 votos
- Bibo Nunes (PL) — deputado federal no RS, 76.521 votos
- Cristina Bolsonaro (PP) — deputado distrital no DF, 1.485 votos (suplente)
- Daniel Silveira — Senado no RJ, 1.566.352 votos (candidatura anulada sub judice)
- Douglas Garcia — deputado federal em SP, 24.549 votos
- Eduardo Torres (PL) — deputado distrital n, o DF, 16.990 votos (suplente)
- Fabrício Queiroz (PTB) — deputado estadual no RJ, 6.701 votos
- Fernando Collor (PTB) — governador no AL, 223.585 votos
- Frederick Wassef (PL) — deputado federal em SP, 3.628 votos (suplente)
- Gilson Sanfoneiro Machado (PL) — Senado no PE, 1.320.555 votos
- Janaina Paschoal (PRTB) — Senado em SP, 447.550 votos
- Joice Hasselmann (PSDB) — deputado federal em SP, 13.679 votos
- Leo Indio Bolsonaro (PL) — deputado distrital no DF, 1.801 votos (suplente)
- Luiz Henrique Mandetta (União) — Senado no MS, 206.093 votos
- Major Vitor Hugo (PL) — governador em GO, 516.579 votos
- Moisés (Republicanos) — terceiro colocado na disputa para governador, com 693.426 votos
- Nise Yamaguchi (PROS) — deputado federal em SP, 36.690 votos
- Sergio Camargo (PL) — deputado federal em SP, 13.085 votos
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