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Editais da Prefeitura movimentam a cultura do Recife

Mais de 10 editais simultâneos,dedicados ao segmento cultural, nas mais diferentes linguagens, contribuem para que o final de ano seja período de reativação gradual das atividades artísticas, com forte ocupação dos espaços voltados ao setor, já reabertos.

 

Com a divulgação, nestas últimas semanas, de projetos habilitados nos editais do SIC 2020/2021, Lei Aldir Blanc – LAB (hoje foi publicado o resultado do Edital Joel Datz), Rádio Frei Caneca, além da previsão para o Recife Virado nos próximos dias, assim como os projetos do SIC 2019/2020 com pagamentos iniciados há alguns meses,a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, anunciou que cerca de R$ 20 milhões terão entrado em circulação, na cultura municipal, do início deste semestre até os primeiros meses de 2022. São, ao todo, 13 editais em execução simultânea na cidade, demarcando um tempo de esperada retomada cultural. 

Com o retorno gradual de programações, incentivado por estes apoios viabilizados em editais, diversas categorias de trabalhadores e trabalhadoras da cultura começam a reocupar espaços, após quase dois anos de pandemia. Mais da metade desses recursos são investimentos diretos da Prefeitura do Recife.

Em diferentes etapas de realização e com tratativas iniciadas ou retomadas de julho para cá, os chamamentos públicos alcançam um grande e diverso contingente de fazedores e fazedoras de cultura da cidade. Somando os editais, foram inscritos mais de 5.000 projetos, contemplando diversos mercados, cenas e linguagens culturais.Um dos mais simbólicos passos dados pelo poder público municipal ao encontro dessas diversas categorias profissionais, que ficaram afastadas do pleno exercício de suas atividades por tanto tempo, em função de necessários protocolos sanitários, foi o Recife virado. 

O edital, que reafirma o compromisso da gestão municipal com a diversidade e a força das tradições e cenas culturais da cidade, teve também sua urgência confirmada pela adesão que registrou: foram quase 2000 inscrições, um recorde entre os recentes editais municipais dedicados à cultura, superando até o Carnaval de 2020. Para assegurar que o maior número possível de projetos consiga marcar encontro com o público, o poder público municipal aumentou em 50% o orçamento do projeto, totalizando R$ 3 milhões de investimento.O edital contemplará desde as artes urbanas e artes visuais/artesanato, até audiovisual, circo, cultura popular, dança, fotografia, gastronomia, literatura, música e teatro. Após habilitação documental, cerca de 1300 projetos estão em avaliação artística, cujo resultado final será anunciado na próxima semana.

Também começarão a chegar em breve nas redes, mídias, palcos e ruas do Recife, sempre observando os protocolos sanitários vigentes, as programações viabilizadas pelos cinco editais da 2a etapa da LAB, batizados em homenagem a importantes personalidades que marcaram a história e a cultura da cidade. O objetivo é executar todo o saldo remanescente de R$ 8,3 milhões assegurados, como recursos emergenciais federais, para trabalhadores e trabalhadoras da cultura na nossa capital. Estão contemplados os mais diversos saberes e fazeres culturais, desde a manutenção de espaços culturais até a formação de técnicos. Na etapa de habilitação documental, foram registradas 1.422 inscrições válidas. Com a publicação do Joel Datz, hoje, os cinco editais já anunciaram resultados, totalizando cerca de 550 projetos (ainda há recursos em julgamento).

Entre os editais que dão vida às novas programações culturais recifenses, neste momento de “virada”, estão também os do Sistema de Incentivo à Cultura (SIC) de 2019/2020 e de 2020/2021, cujos calendários foram impactados pela pandemia, com necessidade de readequação de projetos inscritos. A retomada vem num momento mais que estratégico para os profissionais da cultura. No ciclo 2019/2020, com atividades culturais em execução, o SIC habilitou 76 projetos para os dois mecanismos de incentivo: 32 para investimento direto do poder municipal (Fundo de Incentivo à Cultura – FIC) e 44 projetos selecionados para o regime de captação (Mecenato de Incentivo à Cultura – MIC). 

Já os editais 2020/2021, que tiveram resultado anunciado no dia 18/11, registraram um aumento de mais de 100% nos números, totalizando 154 projetos habilitados na avaliação artística, que contemplam as 11 linguagens previstas: música, teatro, circo, dança, audiovisual, fotografia, literatura, artes visuais, artesanato, cultura popular e patrimônio artístico e cultural. Desse total, 125 receberão investimento direto do poder público municipal e 29 farão captação de recursos junto à iniciativa privada, com garantia de desconto em tributos municipais.Somando-se os quatro editais do SIC citados aqui, cerca de 230 projetos viraram ou estão prestes a virar realização. 

O chamamento para projetos artísticos destinados ao Ciclo Natalino 2021 também está na lista, completando os 13 editais culturais em execução no Recife. Dando um toque especial a este período simbólico de esperança e de ações concretas,a Unesco reconheceu o Recife como Cidade da Música, a partir de dossiê apresentado pela prefeitura, passando a integrar a Rede de Cidades Criativas, com representações em todo o mundo. Nesta fase de reflexões e planos para o presente e o futuro, as ruas, palcos e terreiros populares confirmam um Recife inventivo e fluente em todas as linguagens da cultura.

Segundo o Secretário de Cultura do Recife, Ricardo Mello, “depois de viabilizar o AME – Auxílio Municipal Emergencial para os ciclos do Carnaval e do São João, fizemos um grande esforço para fazer do segundo semestre, também no segmento cultural,uma fase de transição, de superação do período mais crítico da pandemia, por isso editais com uma atenção especial às ativações culturais, para o fomento à produção, à realização, que gradualmente todos queremos ver na cidade”. O secretário destacou que a diversidade de editais e linguagens contempladas traduz essa busca por contemplar a cadeia produtiva nas suas mais variadas áreas. “Quando retomamos o SIC, ampliamos o alcance da LAB e ainda lançamos o Recife Virado, este com foco em projetos de menor porte, reafirmamos o compromisso que temos com o direito ao fazer cultural, que beneficia não apenas quem se dedica a ele como ofício, mas toda a população da cidade, ansiosa por retomar o seu direito a acessar bens culturais, porque esta é uma necessidade de todos”, completou Mello. “Quando apresentamos nossa candidatura à Rede de Cidades Criativas da Unesco, e recebemos o título de Cidade da Música, reforçamos a nossa visão da Cultura como elo fundamental e estratégico para a cidade”, finalizou.

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