Uma parte do planeta assistiu a um eclipse lunar total da noite de domingo (15) para segunda-feira (16), um fenômeno raro durante o qual o brilho do satélite diminui e progressivamente ganha uma cor acobreada.
A ocultação da Lua pela sombra da Terra pôde ser observada na América do Sul e Central e na parte oriental da América do Norte. Também foi percebida de regiões da Europa e África. Em Olinda, houve observação com telescópios no Observatório Astronômico da Sé.
O eclipse lunar total geralmente ocorre duas vezes por ano, quando o Sol, a Terra e a Lua estão perfeitamente alinhados e a Lua está cheia. À medida que mergulha na sombra da Terra, a Lua perde sua brancura.
Mas ainda é visível porque os raios do sol, desviados pela Terra, continuam a alcançá-la através da “refração atmosférica”, explica à AFP Florent Deleflie, do Observatório Paris-PSL.
“Durante um eclipse, apenas a Terra pode iluminar a Lua através desse reenvio dos raios vermelhos”, acrescenta o astrônomo. O fenômeno pode ser visto a olho nu e com céu claro é extremamente fotogênico.
Veja fotos do eclipse lunar total pelo mundo:
O eclipse durou cerca de cinco horas e em sua fase total – quando o astro foi totalmente coberto pela sombra da Terra –, pouco mais de uma hora.
O próximo eclipse lunar total ocorrerá em novembro, em pleno Oceano Pacífico.
Florent Deleflie lembra que os eclipses lunares permitiram demonstrar “desde a Antiguidade” que a Terra é redonda.
“Sobre o disco lunar, o limite entre a região da sombra e a parte iluminada pelo Sol é ligeiramente curva: é a projeção da curvatura da Terra”, explica.
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