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Eclipse solar poderá ser visto no Recife em outubro de 2023; veja detalhes

Um eclipse solar anular, que ocorre quando o diâmetro aparente da Lua é menor do que o do Sol, será visível no Recife no dia 14 de outubro de 2023. A cobertura do disco solar na capital pernambucana chegará a 92,2% no ponto máximo do eclipse.

Apesar de ser um valor considerado alto, próximo aos 100%, o dia não vai virar noite por alguns instantes no Estado. Isso porque, explica Cleiton Batista, da coordenação do Observatório Astronômico da Sé, “o eclipse vai ter seu início no período da tarde, com o Sol na direção oeste, lado em que se põe”.

“Para que um eclipse solar crie essa percepção de o dia virar noite somente quando temos 100% do disco solar eclipsado pela sombra da Lua”, detalha Cleiton, ao lembrar que quando isso ocorre há uma perturbação em espécies que têm hábitos noturnos ou diurnos.

Cleiton ainda explica que haverá “uma percepção quanto a uma diminuição do brilho do Sol causado no céu, e uma diminuição na incidência solar sobre a superfície da Terra”. “[É] diferente de quando um eclipse solar ocorre durante a manhã ou início da tarde, que temos de fato, essa percepção do ‘dia virar noite’ por alguns minutos”, conclui.

Na prática, quem observar o eclipse no Recife poderá perceber o Sol como uma espécie de “anel de fogo”, no pico, marcado para ocorrer às 16h47, cuja magnitude será de 0,922, numa escala que vai até 1.0. O início do fenômeno será às 15h31

Com duração de uma hora e 42 minutos, o fenômeno deixará de ser visto às 17h13 com o pôr do Sol – o eclipse, no entanto, seguirá até 17h52, quando não será mais visível da capital pernambucana. 

Ilustração de como será o eclipse no Recife (Foto: Reprodução/Time and Date)

O Nordeste terá as duas capitais brasileiras com melhor visualização do eclipse solar. Em Natal, atingirá pico de 95,3% do disco solar coberto. Já em João Pessoa, a magnitude do evento será de 94,9%

O fenômeno poderá ser observado na América do Norte, exceto em parte da Groenlândia, em toda a América Central, e na América do Sul, exceto ao sul do Chile e da Argentina.

Cleiton Batista ainda explica que um eclipse acontece sempre que um corpo entra na sombra de outro. Assim, quando a Lua entra na sombra da Terra, acontece um eclipse lunar. Quando a Terra é atingida pela sombra da Lua, acontece um eclipse solar.

O Espaço Ciência e outras instituições do Nordeste estão montando uma comissão para fazer a observação simultânea do eclipse em diferentes pontos de Pernambuco e de outros estados, como Paraíba, Rio Grande do Norte e Maranhão.

Próximos eclipses


De acordo com o site Time and Data, especialista em catalogar eclipses e outros fenômenos astronômicos, 2023 ainda reserva um eclipse lunar parcial visível no Recife, no dia 28 de outubro. Na ocasião, cerca de 1,2% do disco lunar será coberto.

Os próximos eclipses solares visíveis no Recife acontecerão em 6 de fevereiro de 2027 (pico de 78,7% de cobertura), 26 de janeiro de 2028 (pico de 40,8%) e 20 de março de 2034 (pico de 78,8%).

Em 12 de agosto de 2045, o dia finalmente vai virar noite no Recife, quando está previsto uma eclipse solar total. A magnitude desse fenômeno, que terá pico às 16h19 será de 100%, e a duração, de 2 minutos e 44 segundos. Depois desse, o seguinte será em 26 de outubro de 2125

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