O tenista sérvio Novak Djokovic venceu o americano Tommy Paul nesta sexta-feira (27) e vai disputar a final do Aberto da Austrália contra o grego Stefanos Tsitsipas, seu último obstáculo para igualar os 22 títulos de Grand Slam de Rafael Nadal.
Embora longe de seu melhor nível, especialmente no primeiro set, o número 5 do mundo chegou à sua décima final em Melbourne derrotando Paul (nº 35) com parciais de 7–5, 6–1 e 6–2.
Na reedição da final de Roland Garros de 2021, estará em jogo não só o título, mas também o número 1 do ranking da ATP, agora nas mãos do espanhol Carlos Alcaraz.
“Ganhar Grand Slams e ser o número um do mundo são provavelmente os picos mais altos que você pode alcançar como tenista profissional. Então, vamos ver o que acontece”, disse “Nole” no 15º aniversário de seu primeiro título em Melbourne.
A partida certamente não começou como ele esperava, com o assento do pai vazio no camarote, depois que ele decidiu ficar de fora “para não atrapalhar” após a polêmica que causou ao posar com torcedores com símbolos pró-Rússia na quarta-feira.
Talvez por essa ausência, talvez pelo clima rarefeito na Rod Laver Arena, Djokovic apareceu longe da clara superioridade demonstrada nas duas partidas anteriores contra o australiano Álex de Miñaur e o russo Andrey Rublev.
Duplas faltas, poucos primeiros saques acertados, repetidos golpes de backhand na rede, discussões com o árbitro, reclamações nas arquibancadas… Djokovic não se sentiu confortável mas, mesmo assim, se situou com o saque e 5 a 1 a seu favor.
Algo deu errado e o americano, que pouco antes havia animado o público ao salvar um drop shot na rede, começou a entrar no jogo e conseguiu evitar a quebra.
O que parecia um acidente se transformou em ameaça dois games depois, quando uma dupla falta e três erros não forçados do sérvio deram mais uma chance ao americano, que finalizou com um aplaudido voleio de backhand.
Foram as últimas falhas cometidas por Djokovic no set. Com um game vencido sem ceder pontos, ele encerrou a sequência de 4 a 0 e quebrou o saque do adversário para vencer o set sob vaias de parte da torcida.
Bastou para Djokovic minimizar os inúmeros erros do primeiro set (24 erros não forçados, tantos quanto em toda a partida de Rublev) para acabar com as esperanças de Paul, que perdeu cinco games antes de conseguir confirmar seu saque.
História semelhante ocorreu no último set, em que um Djokovic ansioso para terminar o mais rápido possível chegou a abrir 4 a 0 e depois confirmou seus dois saques restantes sem conceder um único ponto.
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