Dando continuidade a uma tradição que remonta aos primeiros séculos do cristianismo, milhões de pessoas pelo Brasil celebram, nesta quarta-feira (2), mais um Dia de Finados. O hábito de separar uma data para reverenciar os entes falecidos se originou ainda na Europa medieval, mas segue forte até hoje no País.
Na Região Metropolitana do Recife, o feriado também terá uma programação especial, com missas de manhã até a noite (veja no infográfico abaixo).
O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, conduzirá celebrações nos dois principais locais de visitação dos católicos nesta data: o Cemitério de Santo Amaro, às 10h, e o Parque das Flores, no bairro do Totó, às 16h.
Só no espaço localizado no Centro da Capital pernambucana, onde ficam túmulos de políticos, artistas e figuras do imaginário popular, como o ex-governador Eduardo Campos, o cantor Chico Science e a Menina Sem Nome, devem circular, ao longo do dia, mais de 50 mil pessoas – o que dá, aproximadamente, a soma das capacidades dos estádios dos Aflitos e da Ilha do Retiro.
O bispo auxiliar da Arquidiocese, dom Limacêdo, também celebrará duas missas. A primeira começa às 9h, no Parque das Flores; e a segunda, às 16h, no Cemitério da Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes. Haverá missas também no Memorial Guararapes, das 9h às 17h.
Missas na paróquia
Uma das paróquias mais movimentadas neste feriado é a de Nossa Senhora das Graças, na Zona Norte do Recife. Isso porque lá há cerca de cem jazigos na lateral da lateral da igreja localizada na rua que leva o nome do bairro onde se encontra.
Os portões do templo serão abertos às 7h, mas a primeira missa, conduzida pelo padre Edicarlos, tem início às 9h, com lançamento de balões às 10h. As atividades serão encerradas após a última celebração, às 17h.
“O Dia de Finados é o dia de agradecer por todos os falecidos, pessoas queridas que fizeram sua Páscoa”, diz o pároco das Graças, Josenildo Tavares.
De acordo com o padre, a data ganha esse significado especial por vir logo após o Dia de Todos os Santos, celebrado ontem.
“É para dizer que todos nós temos a vocação para sermos santos e santas. A própria ressurreição de Jesus nos alimenta esse desejo de que, depois da morte, nós também iremos fazer essa experiência da ressurreição”, explica.
O religioso ainda descreve o feriado como “um dia de saudade, contemplação e silêncio”.
“Celebrando os Finados, nós colocamos nossas intenções e, com certeza, vamos nos lembrar das quase 700 mil pessoas que morreram de Covid-19. E acima de tudo, é um dia de agradecimento a Deus por aqueles e aquelas que nos antecederam e prepararam os caminhos para nós”, analisa.
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