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CTTU recebe gestores de cidades do interior pernambucano para intercâmbio sobre mobilidade

Oito municípios que estão em processo de municipalização do trânsito visitaram a sede do órgão para compreender o funcionamento das equipes (Foto: Inaldo Menezes/PCR)

A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Política Urbana e Licenciamento (Sepul) e da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), recebeu, nesta terça-feira (15), lideranças de oito municípios do interior pernambucano que estão em processo de municipalização do trânsito. Os gestores passaram o dia na sede da CTTU para compreender as rotinas das equipes que desenvolvem fiscalização e operação, educação para o trânsito, transportes, engenharia, o Plano de Mobilidade Urbana e a Pesquisa Origem-Destino. As cidades a participar da visita foram Palmares, Gravatá, Araripina, Ouricuri, Sertânia, Belo Jardim, Triunfo e Bom Conselho. As delegações foram recebidas pelo Secretário de Política Urbana e Licenciamento, Leonardo Bacelar, e pela Presidente da CTTU, Taciana Ferreira.

Durante a visita, os técnicos foram apresentados às equipes da CTTU, com um bate-papo para tirar as dúvidas sobre a rotina dos gestores. Em um segundo momento,  as lideranças acompanharam, diretamente da Central de Operações, como funciona a abordagem dos cidadãos nas blitze. “O Recife encarou, há quase 20 anos, o desafio de municipalizar o trânsito e hoje colhe os frutos com a redução de sinistros de trânsito e a implantação de políticas de mobilidade cada vez mais voltadas para as pessoas. Então poder contribuir e inspirar outros municípios do nosso Estado é uma honra porque o diálogo e a troca de experiências nos fazem crescer enquanto gestores”, destaca Taciana Ferreira.

A municipalização do trânsito é importante para que haja mais investimentos na área de segurança viária e, com isso, haja menos sinistros com vítimas. Esse processo é uma meta do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans) de 2021, como destaca o coordenador nacional da Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária (BIRGS), Dante Rosado: “Muitas vezes, a municipalização no trânsito é um desafio, principalmente para as cidades menores que não têm recursos e capacidade técnica para conduzir essa municipalização, mas esse processo tem um papel fundamental porque a partir do momento que o município assume essa atividade, o tema de trânsito na cidade começa a receber mais atenção. No caso do Recife, a cidade vem desenvolvendo políticas de segurança viária e de mobilidade sustentável que já começa a ser referência na região e até nacionalmente, com certeza a cidade já tem muito a oferecer para esses municípios”, explica.

“Nossa preocupação é que esses novos municípios que estão se integrando ao Sistema Nacional de Trânsito tenham, após vencer os trâmites burocráticos e a instalação inicial, um acompanhamento. E para dar esse ânimo inicial nada como conhecer uma experiência exitosa como a CTTU, que é um órgão municipal de referência nacional. No Estado é o que tem a melhor estrutura e que está mais avançado em termos de tecnologia e metodologia”, comenta Walker Barbosa, presidente do Conselho Estadual de Trânsito.

GESTÃO DE TRÂNSITO – O trânsito do Recife foi municipalizado em 2003, quando a CTTU atuava como braço operacional para implantação de ações de trânsito e também era responsável pela gestão e fiscalização de transportes. Em 2017, o órgão foi transformado em Autarquia, o que levou mais autonomia para resolução das demandas relacionadas à mobilidade urbana. Atualmente, a CTTU realiza a sua gestão com o método de abordagem sistêmica, integrando os eixos de fiscalização, infraestrutura viária, gestão de dados e educação no trânsito. Nesse período, o Recife se tornou referência adotando as melhores práticas de segurança viária, que levaram a uma redução de 29% das vítimas fatais entre 2017 e 2020. Além disso, o Recife tem adotado medidas de expansão das ações de fiscalização e educação no trânsito, além do aumento das infraestruturas de mobilidade sustentável, com aumento dos corredores exclusivos de ônibus, das rotas cicloviárias e das áreas pra pedestres. Tudo isso baseado nos produtos de um grupo de trabalho formado para gestão de dados sobre o perfil da mobilidade no Recife e das vítimas de sinistros de trânsito.

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