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Cresce a procura por vacinação contra a Covid-19 para bebês e crianças no Recife

Com movimentação intensa, o Centro de Vacinação contra a Covid-19 localizado no Shopping RioMar Recife recebe centenas de recifenses diariamente. Na manhã desta segunda-feira (28), vários pais e responsáveis levaram seus filhos para serem imunizados contra a doença, chegando a quase quadruplicar a procura.

De acordo com a organização do local, 47 crianças de 3 e 4 anos e bebês de 6 meses a 2 anos de idade estavam agendados para tomarem a vacina até as 19h. 

Agendamento necessário 


No Recife, bebês de 6 meses a 2 anos com comorbidade e de 6 a 11 meses sem comorbidade, além de crianças de 3 e 4 anos, podem se vacinar mediante agendamento no site ou aplicativo do Conecta Recife. Para os casos de comorbidade, é necessário apresentar laudo médico que comprove a doença. Para se vacinar em um dos locais oferecidos pela Prefeitura do Recife, é necessário ser morador da capital pernambucana. 

Para os bebês, a imunização é realizada em quatro pontos: shoppings Recife, em Boa Viagem; RioMar, no Pina; e Boa Vista, área central do Recife; e no Centro Médico Senador José Ermírio de Moraes, em Casa Forte. Todos os locais funcionam de domingo a domingo, e os horários de cada um podem ser conferidos em uma tabela montada pela prefeitura. No Ermírio de Moraes, o funcionamento é das 7h30 às 17h30. 

Além dos locais citados acima, para as crianças de 3 e 4 anos, o Shopping Tacaruna, em Santo Amaro, também oferece a vacinação contra a doença. 

Segundo a gestora do ponto montado no RioMar, Ladjane Torres, para o público de 6 meses a 2 anos, é utilizada a Pfizer Pediátrica. Já as crianças de 3 e 4 anos recebem o imunizante Coronavac/ Butantan.  

Aumento da procura 


Ladjane destacou que o movimento no local aumentou bastante comparado ao início da vacinação para o público. Para o público em geral, 198 atendimentos foram feitos no sábado e 168 no domingo

“Hoje está bem movimentado. No final de semana passado, já tinha informação da nova variante, e a demanda aumentou, porque, no início, quando não tinha sido informado sobre a nova variante, a gente vacinava muito pouco, 38, 50 pessoas, teve dia de vacinar até 24 pessoas, e, depois da informação da nova variante, as pessoas começaram a se preocupar e procurar realmente. A partir disso, aumentou a demanda para 68, 80, 90 e agora está em quase 200 pessoas”, afirmou. 

Gestora do ponto de vacinação montado no RioMar, Ladjane Torres. Foto: Júnior Soares/ Folha de Pernambuco

Ladjane alerta para a importância da vacinação. “É necessário que as pessoas se vacinem para que a doença seja erradicada e que a gente volte a viver normalmente sem máscara, conviver com os nossos familiares idosos, com crianças, que são pessoas de um maior grau de risco”. Ela chama atenção ainda sobre outro aspecto: “Quanto mais tempo demorar a se vacinar, mais mutações acontecem”, destacou. 

Pequenos imunizados 


O pequeno Joaquim de Souza, de 4 anos, se vacinou contra a Covid-19 na manhã desta segunda. O pai, Rodrigo José da Conceição, 30, afirmou que a vacina é “um gesto de amor e responsabilidade com os nossos pequenos”

Rodrigo José da Conceição e o filho Joaquim de Souza. Foto: Júnior Soares/ Folha de Pernambuco

“É importante todo mundo se vacinar porque, quanto mais as pessoas se vacinarem, a pandemia vai diminuindo. A criança é mais sensível, mais frágil e elas se vacinando é mais seguro. Os pais devem trazer os seus filhos porque, se o adulto sofre [com a doença], imagina a criança entubada, internada com a Covid”, disse Rodrigo.  

A médica Jéssica Menezes, 33, levou o seu filho Henrique, de 11 meses, para receber o imunizante. Para ela, prevenção e conscientização representam o momento

Jéssica Menezes e o filho Henrique. Foto: Júnior Soares/ Folha de Pernambuco

“Além de ser fundamental a gente prevenir, principalmente contra os casos graves da Covid-19, agora a gente está tendo essa oportunidade para os nossos pequenos. Isso é importante também para conscientizar e servir de exemplo para as outras pessoas trazerem os filhos. A vacina salva vidas há muitos anos, então não é dessa vez que a gente vai deixar de vacinar e ter a chance de prevenir principalmente os casos graves e ter a chance de salvar a vida das nossas crianças”, destacou Jéssica. 

A analista de treinamento comercial Estefânia Ferreira, 44, levou a pequena Laura, de 3 anos, para tomar a segunda dose da vacina. Todos da família já completaram o esquema vacinal

Estefânia Ferreira e a filha Laura. Foto: Júnior Soares/ Folha de Pernambuco

“O vírus está tomando conta, então a gente tem que trazer, tem que ter essa consciência, todo mundo tem que estar vacinado e tomar os cuidados necessários para que as nossas crianças não sofram com essa doença tão avassaladora. Vacina sim, vacina no braço sempre”, afirmou Estefânia. 

A empregada doméstica Karina Silva, 25, levou a filha Esthefane Larissa da Silva, de 5 anos. A outra filha de Karina, Esther Maria de Albuquerque Melo, de 7 anos, já havia se vacinado anteriormente. Emocionada, a mãe alerta aos pais para a importância da vacinação

Karina Silva e a filha Esthefane Larissa da Silva. Foto: Júnior Soares/ Folha de Pernambuco

“Muitas crianças já perderam a vida por causa da Covid e é muito importante para proteger. Cuidar sempre é bom e nunca é demais. Para não perder a criança que a gente mais ama, nosso futuro, é sempre necessário vacinar as nossas crianças. Se a gente perde nossos filhos, como fica para a gente que é mãe, porque perder uma criança para uma mãe não é fácil não”, reiterou Karina. 

Intervalo entre as doses 


O esquema vacinal das crianças de 3 e 4 anos é feito em duas doses, com intervalo de 28 dias, e segue a mesma dose da Coronavac utilizada nos adultos. Crianças imunossuprimidas também devem tomar o imunizante. 

O esquema vacinal dos bebês de seis meses a dois anos é realizadoo em três doses: as duas primeiras com intervalo de 21 dias (3 semanas), seguidas por uma terceira dose que deve ser administrada pelo menos 2 meses (8 semanas) após a segunda dose. 

A vacina contra Covid-19 pode ser aplicada sem necessidade de intervalo entre os demais imunizantes do Calendário de Vacinação de Rotina.

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Fonte: Folha PE

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