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Coração é transportado de helicóptero de Caruaru ao Recife para paciente à espera de transplante

O novo helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que alcança 280 km/h, foi usado para uma viagem pela vida. Em 27 minutos, a aeronave transportou um coração para transplante de Caruaru, no Agreste Central de Pernambuco, para o Recife – o trajeto levaria duas horas para ser feito por via terrestre. O paciente aguardava o órgão no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip). 

O translado foi feito em parceria com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O coração foi captado pelo Hospital Regional do Agreste (HRA), que fica em Caruaru. 

A operação para trazer o coração até a capital envolveu cinco profissionais da PRF, uma equipe do Samu e duas médicas do Imip. De acordo com as profissionais de medicina, o tempo máximo para manter e preservar o coração fora do corpo sem comprometer seu funcionamento é de quatro horas. 

Na caixa térmica e na temperatura ideal, o coração chegou no helicóptero da PRF no campo do Quartel do Derby, na área central da capital pernambucana, no final da tarde de quarta-feira (5). De lá, o órgão foi levado de carro até a unidade hospitalar.

Essa foi a segunda captação de coração feita pelo HRA este ano. O coração foi encaminhado para um homem de 69 anos que estava em prioridade na fila de transplante.

Também foram doados rins, fígado e córneas, que foram transportados por via terrestre. O fígado foi para uma mulher de 74 anos. Os rins e as córneas vão para receptores ainda não definidos. O doador era um homem, de 38 anos, que sofreu traumatismo craniano após uma queda e teve morte encefálica confirmada na noite de terça-feira (4).

“Presenciamos, mais uma vez, o trabalho minucioso e de qualidade de toda a equipe do HRA, que se empenhou desde o diagnóstico da morte encefálica do paciente até a sensibilização da família em relação à doação. Esse comprometimento deve ser parabenizado e reconhecido”, ressalta a diretora-geral do HRA, Guacyra Pires.

De acordo com o HRA, a doação de múltiplos órgãos só é feita mediante a identificação de morte encefálica. Para que se obtenha esse diagnóstico, o paciente é submetido a avaliações, testes e exames para fechamento do protocolo. Após todas essas etapas, a família é entrevistada e pode fazer a autorização ou a recusa da doação.

“Mais uma vez, precisamos reforçar a importância da sensibilidade da família do doador, que é quem autoriza a doação. A família não hesitou em dizer sim para a doação e, com isso, poder salvar outras vidas”, pontua a coordenadora da Central de Transplantes Macrorregional Caruaru, Raianne Monteiro.

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