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Conheça Nina, dançarina que busca ajuda para ir ao campeonato nacional de dança em cadeira de rodas

“A dança entrou na minha vida por um acaso, acaso esse que me completou. Me transformou numa mulher, numa pessoa empoderada”.

Esse é o relato da dançarina Nina Sousa, de 40 anos, que, apesar das limitações impostas pela sua condição de saúde e pelo uso da cadeira de rodas, encontrou na arte de dançar a liberdade para expressar quem de fato é; e, agora, busca ajuda para representar Pernambuco em competição nacional.

Moradora do bairro de Jardim São Paulo, na Zona Oeste do Recife, Nina nasceu com osteogênese imperfeita, doença conhecida como “ossos de vidro”, que afeta na produção de colágeno, ocasionando fraturas que limitam os movimentos de algumas partes do corpo. 

“Eu já nasci com a cravícula quebrada e até meus 15 anos tive mais de 100 fraturas. A vida só mudou mesmo aos 16 anos, quando eu comecei a estudar”, afirmou. Mais tarde, aos 31 anos, em 2013, a trajetória de Nina passou a ganhar novo sentido após uma amiga convidá-la para assistir a um ensaio da Cia Cadências, que forma usuários de cadeira de rodas em dançarinos. Desde então, apaixonou-se pela arte, que a tornou atleta e dona de diversas medalhas.


 

Dançarina Nina Sousa. Foto: Arquivo Pessoal



“Tudo mudou. Eu passei a ter autoestima, a me maquiar, a usar saia. Eu era muito tímida. A dança mudou tudo na minha vida. Participei do Campeonato Brasileiro de Dança Esportiva em Cadeira de Rodas (CBDCR) em 2014, 2015, 2019, 2020, 2021 e ganhei primeiro lugar”, afirmou.

Com o exemplo de vida, Nina, que é a única representante de Pernambuco na competição, quebra barreiras e incentiva outras pessoas com deficiência a buscarem liberdade. Na luta por mais uma conquista, a dançarina busca ajuda para participar da XXI edição do CBDCR, que acontece nos dias 29 e 30 de setembro, em Poços de Caldas, Minas Gerais.

“Eu estou me preparando quatro vezes na semana, 5h por dia. Representar Pernambuco nesse campeonato pode me levar, no ano que vem, para o campeonato mundial. A gente tem que viajar no dia 26 de setembro para fazer a avaliação física”.


 



Nina conta que já conseguiu arrecadar o dinheiro da taxa de inscrição e uma parte do valor da hospedagem, mas que o atual entrave para a viagem é o valor das passagens aéreas dela e de sua técnica e coreógrafa Liliana Martins, que estão orçadas em R$ 3 mil. Para alcançar o valor, ela iniciou uma campanha nas redes sociais. 


 

Dançarina Nina Sousa e sua técnica Liliana Martins. Foto: Arquivo Pessoal

Os interessados em ajudar podem entrar em contato direto com Nina, por meio do telefone (81) 9 8672-0411, ou depositar qualquer valor, via pix, para as chave 00789649462 (CPF), em nome de Joseilda Sousa dos Santos, ou [email protected], em nome de Liliana Martins.

“Minha intenção no campeonato é mostrar que a gente pode dançar, que a gente pode realizar nossos sonhos e fazer o que a gente quiser”, disse Nina.

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