O relatório final da Comissão Externa do Senado para investigar as mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips defende o porte de armas para servidores da Funai em ações de fiscalização. O texto do senador Nelsinho Trad, que aborda a violência contra os povos indígenas, foi lido e aprovado nesta terça-feira.
O relator também propõe incluir entre as competências das Forças Armadas a prevenção e repressão de crimes contra esses povos. Outra proposta é tornar mais graves as penas de crimes cometidos em terras indígenas.
O relatório ainda sugere o emprego dos militares para garantia da lei e da ordem no Vale do Javari, no Amazonas, e na Terra Indígena Yanomami, nos estados do Amazonas e Roraima.
O relatório vai ser enviado ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público Federal. Da Procuradoria, os senadores pedem apuração de suposta omissão pela Funai na Terra Indígena Vale do Javari.
Nelsinho Trad, destacou o fato de a investigação não ter, até o momento, identificado mandantes do assassinato. Para o relator, se os criminosos não estivessem tão seguros do próprio poder, talvez Bruno e Dom estivessem vivos.
O relatório traz informações prestadas pela Funai de que aplicou R$ 54 milhões no monitoramento de grupos isolados nos últimos anos. E que a Fundação contratou 776 profissionais de forma temporária e aguarda a autorização para realizar concurso para 3 mil cargos.
Procurada, a Funai não respondeu até o fechamento desta reportagem.
Fonte: Agência Brasil