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Com goalball no Geraldão, Jogos Paralímpicos do Recife de 2022 chegam ao fim

Competição promovida pela Prefeitura do Recife contou com 310 paratletas divididos entre seis categorias de sete estados durante os dias 01, 02 e 03 de julho; classificação funcional no atletismo foi uma das novidades da edição. (Foto: Maurício Ferry/PCR)

Disputa acirrada e euforia no goalball marcaram o último dia dos Jogos Paralímpicos do Recife 2022. O palco foi o Geraldão, que dividiu o protagonismo da competição junto ao Parque e Centro Esportivo Santos Dumont. Foram seis categorias de sete estados no torneio promovido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Esportes. Realizado desde 2017, esta edição uniu a arbitragem oficial e a classificação funcional, possibilitando aos atletas novos horizontes em campeonatos nacionais e internacionais. 

Veterano incentivador da competição, Carlos Nascimento, 43 anos, tem uma bagagem de 26 no esporte – preenchida também por muito agradecimento.  

“Comecei mesmo na natação e o paradesporto me deu essa vontade de lutar pela vida. Esse esporte fez com que eu realizasse sonhos. Na minha vida, foi um divisor de águas. Fez eu me incluir, viajar pelas equipes e conhecer outros estados. Tenho amigos que saíram de situações complicadas de drogas e bebidas por conta dele. Minha idade aumentou, mas a pegada continua a mesma. Esses Jogos Paralímpicos servem, acima de tudo, para eu aliviar a minha cabeça.” 

Josias Lopes, 47 anos, tem 24 de basquete e deixou o recado. “Procurem o esporte. Não só o basquete em cadeira de rodas, todos eles transformam a vida. São diversas modalidades paralímpicas e com certeza haverá uma para você”, alertou. 

Além de Pernambuco, houve participantes de Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Paraíba, Rio Grande do Norte e Santa Catarina. A arbitragem foi toda oficial, permitindo a homologação das marcas dos atletas. Assim, os resultados são válidos como oficiais, perante o Comitê Paralímpico Brasileiro. Os competidores podem, desta forma, ter índices para disputar diversas competições nacionais e internacionais – e possibilidade de pleito por Bolsa Atleta até do Governo Federal. 

Classificação Funcional – Os Jogos Paralímpicos do Recife contaram pela primeira vez com a presença de classificadores funcionais. A iniciativa, fruto da parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), disponibilizou uma avaliação clínica e técnica completa ao atletismo.  

“Avaliamos a parte técnica e o impacto físico que esse atleta tem no dinamismo dos seus movimentos. Seja nos membros inferiores ou superiores. Elencamos tudo isso, correlacionando todo o contexto. O grande objetivo disso é trazer justiça às disputas. Temos diversos critérios e buscamos entender como o atleta vai se encaixando”, explicou o fisioterapeuta José Carlos Alves.

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