O encontro está marcado para o próximo domingo (20) e deve se dar com presença de um volume maior de representantes do PT-PE do que os que compõem a comissão responsável por, habitualmente, tratar dos temas eleitorais no Estado. Leia-se: parlamentares da legenda devem participar em peso e vão à mesa com a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, com pauta certa: a conjuntura pernambucana e a vaga do Senado na chapa da Frente Popular.
Em função dessa reunião, uma outra do Diretório Estadual que, originalmente, ocorreria no mesmo dia, acabou adiada para o próximo dia 27. O debate do tema com Gleisi ocorre após o ex-presidente Lula ter sugerido ser importante ter Paulo Câmara na ativa, ou na Casa Alta. A conversa, confirmada por fontes que acompanham as articulações, se deu no primeiro encontro do líder-mor do PT com Danilo Cabral, após o socialista ter seu nome lançado na disputa pelo Governo de Pernambuco.
O governador estava junto. A despeito disso, o presidente estadual do PT, Doriel Barros, à coluna, assegura que o partido ainda mira a vaga do Senado sem mudança de planos.
“Nem tenho informação dessa proposta de Lula, nem acredito que ele tenha feito, uma vez que ele mesmo já afirmou, aqui, em programa de rádio, que acha que o PT deveria estar compondo a majoritária. E entendo que o PT na chapa da Frente Popular, no Senado, é fundamental para nacionalizar a campanha. Não vejo melhor forma de poder contribuir com o PSB do que na vaga do Senado”, argumenta Doriel.
No PT, hoje, há uma divisão entre os nomes cotados para o espaço. O grupo de Marília Arraes tem repisado que não aceita indicação de Carlos Veras, considerando que ela foi a segunda deputada federal mais votada em 2018 e aparece liderando pesquisas. Carlos Veras, por sua vez, teria o apoio do senador Humberto Costa e, ainda ontem, viu a Fetape, entidade de grande representatividade da agricultura familiar, fazer apelo, em ato com Danilo Cabral, para ter um representante seu, pela primeira vez na história, no Senado.
Doriel Barros minimiza o racha interno.
“Essa questão de divisão de nomes é algo natural. Não teria como haver um nome que fosse unanimidade. É normal, isso não pode ser um problema”, assinala o dirigente.
A reunião com Gleisi não deve ser conclusiva, ela vai anteceder a conclusiva, do diretório estadual. A conferir.
Danilo na Fetape
Não por acaso Danilo Cabral escolheu a Fetape para cumprir sua primeira agenda de pré-candidato com a Sociedade Civil. Doriel Barros e Carlos Veras acompanharam. O socialista fez a escolha pelo simbolismo, pelo que representa a agricultura familiar para a história do Estado e para a história da Frente Popular. Aos aliados, soou como aceno ao grupo que defende Veras para o Senado.
Day after > A agenda de Danilo na Fetape se deu um dia após ele ir à mesa, como a coluna registrara, com Doriel Barros, em conversa marcada por sintonia. Na sede da entidade, Danilo assegurou a inclusão de pautas no seu programa de governo, mediante pleitos, mas também ouviu apelo pró- Carlos Veras.
Benção > Doriel Barrosos explica o seguinte: “A Fetape não poderia deixar de destacar, porque a categoria ainda é muito invisível perante a sociedade e ter um senador traria visbilidade”. O nome para isso, aos olhos da entidade, seria o de Carlos Veras. “A Fetape defende que um trabalhador rural possa, pela primeira vez, ocupar uma vaga de senador”, explica Doriel.
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Fonte: Folha PE
Autor: Renata Bezerra de Melo
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