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Colorindo o Recife entrega 13 murais de arte urbana em Santo Amaro

Em 2022, o programa contratou 68 artistas inscritos e habilitados por meio de edital público da Prefeitura do Recife, que investiu mais de meio milhão de Reais em cachês. (Foto: Uenni/PCR)


O bairro de Santo Amaro, localizado na área central do Recife, ganhou 13 murais de arte urbana através do Colorindo o Recife. O programa é uma política pública da Prefeitura do Recife, realizada por meio da Secretaria Executiva de Inovação Urbana, com apoio cultural do Grupo Iquine, onde se busca promover a requalificação dos espaços urbanos da cidade e valorizar os artistas locais que já vem utilizando a arte como instrumento de transformação social. Em 2022, o programa contratou 68 artistas inscritos e habilitados por meio de edital público, com investimento total de quase R$ 600 mil em cachês.

As intervenções com cerca de 272m² de extensão, contaram com a participação dos artistas  AK, Dino, César Hipnos, Dogão Barbosa,  Fil, Torvi Osmo, Smook, Caio Neiva, Plasma, Edu Nóbrega, Estrelinha, Ordep e Mônica Rafaele. As obras estão situadas na Rua da Saudade e na Avenida Mário Melo, abordando temas como igualdade de gênero, educação, cultura e meio ambiente.

Andando pela Avenida Mário Melo, perto da entrada da Rua da Saudade, é possível encontrar os painéis de arte urbana que fazem referência aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. No muro da Subestação Boa Vista do grupo Neoenergia, o foco principal dos artistas AK, Dino e César Hipnos foi ressaltar a importância de alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas. Já o artista Dogão Barbosa, dentro do universo da educação e pela proximidade de escolas da rede pública de ensino, decidiu representar estudantes vivendo uma viagem proporcionada pela leitura, onde os personagens antagônicos representam a diversidade de povos.

Entrando na Rua da Saudade, o colorido chama a atenção de quem passa. Os artistas Fil, Torvi Osmo e Smook fizeram referência à paisagem e à cultura recifense, retratando através do graffiti o Cinema São Luiz, os edifícios no bairro de São José conhecidos como Duas Torres, a escultura Torre de Cristal do artista Francisco Brennand, a ponte Duarte Coelho, a periferia e os casarios históricos, entre la ursas, personagens tradicionais do carnaval pernambucano, segurando instrumentos de percussão. “Os elementos usados na minha arte representam um jovem que vem da comunidade e busca através da educação, da arte e da cultura alcançar seus sonhos”, conta Smook.

O muro da Creche Escola Municipal Ana Rosa Falcão de Carvalho também ganhou vida através de composições abstratas, em cores de tons fortes, criadas pelos artistas Caio Neiva, Plasma e Edu Nóbrega. A arte urbana presente nos painéis foi pensada com o objetivo de ser uma experiência visual de movimento para quem passa, em velocidade ou caminhando, entendendo a educação e o conhecimento como uma constante troca e refletindo o próprio entorno do mural. “Trouxe para o meu painel os aprendizados da primeira infância através das letras do alfabeto e representei o seu impacto através da imagem de olhos com estrelas, simbolizando o brilho nos olhos das crianças nessa fase de formação”, conta a artista Plasma. 

Na Escola Estadual Cônego Rochael de Medeiros, a artista Estrelinha abordou o tema da educação, cultura popular, igualdade racial e de gênero, trazendo imagens de crianças com livros para reforçar o papel da leitura na educação, instrumentos musicais e manifestações populares. Já o artista Ordep optou por trazer a temática da cidade do Recife, representando elementos como as suas pontes, o mangue e o caranguejo, remetendo também ao Manguebeat.

Finalizando o corredor de arte urbana do Colorindo o Recife na Rua da Saudade, a artista Mônica Rafaele trouxe uma persona, a Rata, segurando uma lâmpada mágica para representar os professores das escolas públicas que, “com o poder de semear a educação conseguem formar cidadãos capazes de pensar e agir, fazendo com que os mesmos cresçam como pessoas e consigam alcançar os próprios objetivos”, completa Rafaele. Dois dos painéis também trazem a imagem e dizeres de Paulo Freire, educador e filósofo brasileiro, patrono da educação brasileira, considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, representando o lema da arte: “a educação transforma”.

COLORINDO O RECIFE – A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria Executiva de Inovação Urbana, realiza o programa Colorindo o Recife, com apoio cultural do Grupo Iquine, com intuito de promover a requalificação dos espaços urbanos da cidade através do graffiti e valorizar os artistas locais que já vem utilizando a arte como instrumento de transformação social. O objetivo é tornar o Recife a maior galeria de arte urbana a céu do mundo com o protagonismo dos artistas, principalmente na construção, no aprimoramento e nas decisões da política pública de arte urbana da cidade de forma coletiva.

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