COB detalha planejamento para Jogos de Paris 2024

O desempenho brasileiro nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 foi histórico. A começar pelos recordes de pódios (21) e ouros em uma mesma participação (sete), alcançando o 12º lugar geral no quadro de medalhas. O evento também impulsionou a relação nas plataformas digitais. Durante julho e agosto do ano passado, meses em que ocorreram as disputas no Japão, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) foi a entidade com maior engajamento nas redes sociais – repetindo o topo em abril e maio de 2022. Aliar o crescimento da interação entre torcida e atletas com resultados expressivos é a principal meta para os Jogos de Paris 2024. Aproveitando o marco exato de dois anos para a realização da próxima edição das Olimpíadas, o COB apresentou nesta terça (26), em São Paulo, o planejamento para o atual ciclo olímpico.

“Somos o segundo comitê do mundo com mais seguidores. O Canal Olímpico do Brasil teve mais de 250 transmissões em 2021, superando 400 mil horas assistidas e 210 mil assinantes. É um mito dizer que o brasileiro se conecta apenas com um esporte”, ressaltou Gustavo Herbetta, diretor de marketing do COB.

Experiência e Juventude

Pensando na captação de promessas e na ambientação deles no mundo esportivo, o COB terá o Programa de Vivência Olímpica. O Comitê selecionará 20 jovens, que tenham bons resultados de base, com potencial para participar dos Jogos de Los Angeles 2018 – mas sem histórico de atuação anterior em Olimpíadas -, para visitar as instalações em Paris, assistindo às competições e conhecendo atletas e treinadores.

Outra novidade é o Programa de Embaixadores. O COB escolherá 10 ex-atletas para divulgar a marca do Time Brasil de forma voluntaria. Eles participarão de eventos com atletas, além de ações em Saint-Ouen-sur-Seine, cidade que será base de apoio para a delegação nacional durante os Jogos. Os antigos esportistas também darão palestras para os jovens do Programa de Vivência Olímpica.

Paulo Wanderley, presidente do COB, se mostrou otimista na participação brasileira na França. “Nosso desafio é sempre superar a missão anterior. Acredito que vamos ultrapassar o número de atletas que tivemos em Tóquio. Depois da pandemia, estamos confiantes de que teremos um periodo mais tranquilo”, frisou.

Hall da Fama

No evento, estiveram presentes diversos atletas olímpicos de várias gerações. Dois deles deixaram suas marcas eternizadas no Hall da Fama do COB: o ex-judoca e atual diretor geral do COB, Rogério Sampaio, e o ex-nadador Gustavo Borges.

Ex-nadador Gustavo Borges. Foto: William Lucas/COB

“Eu me recordo da emoção que tive quando conquistei a medalha. Hoje, no Hall da Fama, me sinto ao lado de ídolos do esporte”, afirmou Sampaio, ouro em 1992, no judô. Já Borges é dono de quatro medalhas olímpicas (duas pratas e dois bronzes).

Ex-judoca e atual diretor geral do COB, Rogério Sampaio. Foto: William Lucas/COB

*O repórter viajou à convite do COB

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