Durante todo o mês de novembro a ViZoo Oftalmologia Veterinária realizará uma ação social de conscientização com relação à cegueira em cães. Em troca de um saco de ração, será ofertada uma avaliação oftalmológica para cães. A ração coletada na ação será doada ao projeto de extensão da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), “Adote um Vira-Lata”.
No período de 7 de novembro a 7 de dezembro, os tutores que tenham notado algum sintoma que possa indicar um problema na visão de seu cão poderão agendar o exame no site www.olhodepet.com.br a partir de 1º de novembro. O serviço inclui avaliação da pressão intraocular (para verificação da presença do glaucoma), da produção lacrimal (para avaliar se o cãozinho está com olho seco) e, ainda, uma análise do cristalino para verificar a suspeita de catarata.
Ao contrário do que se pensa, não é apenas na velhice que a cegueira se torna um problema comum na vida de cães. De acordo com o especialista em Oftalmologia Veterinária Fábio Brito, é preciso ficar atento às diversas mudanças de comportamento relacionadas à visão do pet.
“A cegueira pode acontecer em qualquer fase da idade. Até porque a catarata, por exemplo, é uma doença que as pessoas associam à idade porque no ser humano é mais comum na pessoa mais velha, a partir dos 50 anos, mas isso não é uma realidade para os animais. A gente tem um animal de um ano, dois anos, três anos com catarata já. Há outras causas para a cegueira, como, por exemplo, o glaucoma, que nos cães é muito comum ser secundário a um processo inflamatório dentro do olho. Existem várias doenças sistêmicas que podem causar esse processo inflamatório. A doença do carrapato é uma delas, a Leishmaniose também. Doenças que podem causar uma inflamação dentro no olho podem evoluir para um glaucoma”, explicou Fábio.
O oftalmologista indica o check-up anual da saúde do animal, mas explicou que o tutor deve prestar atenção às mudanças no comportamento do animal para prevenir a cegueira.
“Algumas causas de cegueira são fáceis de identificar. Como, por exemplo, a catarata. Nela, o olho do paciente, do animalzinho, começa a ficar mais esbranquiçado. A pupila, que é a bolinha preta do olho, começa a ficar esbranquiçado, azulado, mais turvo, perde o brilho. Então, isso é um sinal de cegueira. Outras causas se dão por conta de inflamação do olho, como glaucoma. Nele, o animal começa a ficar com o olho vermelho, parecido com a conjuntivite, mas não é conjuntivite. Isso pode ser já um sinal inicial de um processo que vai levar à cegueira. O comportamento do animal também muda. O animal começa a ter dificuldade de subir e descer do sofá ou da cama, fica mais quietinho, sem querer brincar, não consegue localizar a bola com facilidade, os brinquedos, começa a esbarrar nas coisas”, explicou.
De acordo com o especialista, é possível que os sinais estejam mais visíveis fora do ambiente da casa.
“Esses sinais precisam ser observados, principalmente quando o animal está, por exemplo, andando com dificuldade de subir e descer a calçada, por exemplo, porque às vezes , quando há uma perda gradativa de visão , ele vão se adaptando. E às vezes o tutor não consegue identificar por conta dessa adaptação, mas quando está fora do seu ambiente, fica mais fácil identificar o problema”, reforçou.
Saiba como identificar as principais doenças oculares em cães:
CONDIÇÕES | SINTOMAS | TRATAMENTOS |
Alterações ciliares | Secreção ocular (remela), olho vermelho, córnea esbranquiçada, vasos e pigmentos na córnea, úlcera de córnea e perfuração ocular em casos graves |
Realização da remoção cirúrgica dos cílios que estão crescendo para dentro do olho, podendo ser por cirurgia convencional, por eletroepilação ou por crioterapia (congelamento) |
Entrópio |
Secreção ocular (remela), |
Remoção cirúrgica do excesso da pele |
Ceratoconjuntivite seca | Diminuição da lágrima, secreção ocular semelhante a pus, olho vermelho, córnea esbranquiçada, vasos e pigmentos na córnea, úlcera de córnea e perfuração ocular em casos graves |
Tratamento clínico com uso de colírio anti-inflamatório, imunomodulador para estimular a produção da lágrima e lubrificantes oculares |
Úlcera de córnea | Secreção ocular de transparente a purulenta, olho vermelho, córnea esbranquiçada, vasos e pigmentos na córnea e perfuração ocular em casos graves |
Tratamento clínico com uso de colírio para diminuir a dor, antibióticos, cicatrizantes e, em casos mais graves, tratamento cirúrgico com uso de enxertos |
Uveíte | Olho vermelho semelhante à conjuntivite, diminuição da pupila, pressão intraocular baixa e lesões secundária importantes, como glaucoma e descolamento de retina |
Tratamento clínico com uso de anti-inflamatório em forma de colírio e sistêmico quando necessário |
Glaucoma | Olho vermelho semelhante à conjuntivite, pupila dilatada, pressão intraocular aumentada e perda da visão aguda |
Tratamento clínico com uso de colírio para diminuir a pressão intraocular e tratamento cirúrgico |
Catarata |
Olho esbranquiçado ou |
Tratamento exclusivamente cirúrgico para trocar a lente do olho |
Alterações retinianas | Doença que não manifesta sinais visíveis, mas o animal pode ter perda progressiva ou rápida da visão |
A maioria das doenças retinianas não têm tratamento |
Serviço: Campanha de Prevenção à Cegueira em Cães
Período: 07 de novembro a 07 de dezembro
Local: Centro de Excelência em Oftalmologia Veterinária – CEOVET (rua São Francisco de Assis,
42, Boa Viagem – Recife/PE)
Agendamentos e mais informações: www.olhodepet.com.br
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