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Bom momento de Neymar aumenta confiança do Brasil para a Copa

O Brasil encerrou sua preparação para a Copa do Mundo de 2022 com mais confiança do que nunca no astro Neymar, cujo bom momento alimenta as esperanças para a conquista do tão esperado hexa. O time do técnico Tite conseguiu duas grandes vitórias nos últimos amistosos antes do Mundial do Catar (20 de novembro a 18 de dezembro): 3 x 0 sobre Gana e 5 x 1 sobre a Tunísia.

A última data Fifa mostrou a ambição da Seleção de colocar fim a uma espera de 20 anos para levantar mais uma Copa do Mundo. E os astros parecem alinhados para que os brasileiros enterrem a hegemonia europeia.

“Procuramos fazer dois amistosos com equipes que estão no Mundial, pois o grau de exigência é muito alto, físico, técnico e mental”, disse Tite depois da goleada sobre os tunisianos. “Baixar a adrenalina agora”.

Além de se classificar como líder invicto das Eliminatórias Sul-Americanas, com o recorde de 45 pontos em 17 jogos, e de liderar o ranking da Fifa, o Brasil chegará ao Catar com uma invencibilidade de 15 jogos, incluídas sete vitórias seguidas, nas quais conseguiu seis goleadas (26 gols marcados no total).

“Melhor” do mundo

Números à parte, a Seleção tem motivos para sonhar com o título graças ao bom início de temporada de Neymar no Paris Saint-Germain (11 gols em 11 jogos) e à solidez de uma equipe que vem correspondendo inclusive quando perde algum titular ou quando muda de esquema tático.

Com seus três gols contra Gana e Tunísia, Richarlison se destacou como camisa ‘9’, algo que faltou nas Eliminatórias e sobrecarregou ‘Ney‘, que agora está a dois gols de igualar Pelé como o maior artilheiro da história da Seleção (77 contra 75).

Raphinha se firmou no lado direito do ataque ao marcar duas vezes e fazer duas assistências nos últimos dois amistosos, uma posição que também pode ser ocupada por Antony, Rodrygo ou Vinícius Júnior. A cota de experiência está na defesa, com Casemiro, Marquinhos, Thiago Silva e Alisson tomando conta de uma zaga que sofreu apenas três gols nos últimos dez jogos.

E Lucas Paquetá, parceiro de Neymar na criação, provou seu valor como segundo volante contra Gana, quando Tite escalou Casemiro como único jogador de contenção no meio-campo, prevendo jogos em que o time irá enfrentar adversários mais fechados.

“Acho que o Brasil, hoje, é a melhor seleção do mundo. Tem uma espinha dorsal quase perfeita. É uma situação imbatível, com uma equipe equilibrada na parte defensiva e ofensiva. Pode ser menos espetacular que seleções anteriores, mas é mais equilibrada”, disse o ex-zagueiro uruguaio Diego Lugano no programa ESPN FC.

Calma, calma

A pouco menos de dois meses para a estreia no Mundial, Tite garante que ainda não tem a lista definitiva dos 26 convocados. O Brasil enfrentará no dia 24 de novembro a Sérvia pelo Grupo G, integrado também por Suíça e Camarões.

As posições em disputa, no entanto, parecem claras, e por elas brigam alguns nomes de peso: o treinador procura companheiros para Danilo e Alex Sandro nas laterais (Daniel Alves ou um zagueiro que cumpra a função, como Éder Militão ou Ibañez, para o lado direito; e Alex Telles ou Renan Lodi para a esquerda).

Vários jogadores têm chances de serem chamados para o miolo de zaga (Ibañez ou Bremer) e como meia de criação (Everton Ribeiro ou Philippe Coutinho). Além disso, quatro atacantes ainda estão na briga por duas vagas de centroavante (Pedro, Matheus Cunha, Roberto Firmino ou Gabriel Jesus).

“A versatilidade dos atletas é uma parte importante”, apontou Tite.

Em meio ao otimismo, não são poucas as vozes que pedem calma, sob o argumento de que os adversários recentes não são da primeira prateleira do futebol: Gana, Tunísia, Japão, Coreia do Sul e Bolívia.

A Liga das Nações da Uefa privou o Brasil de enfrentar times europeus, e quando a Seleção enfrentou a Argentina de Lionel Messi, não conseguiu vencer: 0 x 0 em novembro do ano passado nas Eliminatórias e derrota por 1 x 0 na final da Copa América 2021 no Maracanã.

“O Brasil enfrentará na primeira fase as duas seleções europeias, e faz tempo que não jogamos contra europeus, o que nos deixa sem parâmetro de competitividade”, escreveu o ex-jogador e comentarista Walter Casagrande no jornal Folha de S.Paulo. “Estou gostando da nossa evolução e desse time leve e ofensivo, mas não jogaremos contra ‘mortos'”.

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Fonte: Folha PE

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