Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro acompanham com apreensão os desdobramentos da operação da Polícia Federal que mira a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto.
A ação tem conexão direta com as apurações sobre iniciativas, ainda durante as eleições de 2022, de embaraçar o pleito, atacar as instituições e invadir sistemas de órgãos como o Conselho Nacional de Justiça para disseminar fake news e falsificar documentos públicos.
Segundo pessoas próximas, Bolsonaro diz a aliados não atender os chamados de Zambelli desde janeiro. Ele teria dito que chegou a ser procurado pela parlamentar novamente nas últimas semanas, mas decidiu não atender aos telefonemas.
Segundo investigação, a deputada chegou a levar o hacker – preso nesta quarta-feira (2) pela PF para uma reunião com o próprio Bolsonaro – ainda em 2022. Na ocasião, ela teria falado sobre uma tentativa, obviamente frustrada, de invadir o sistema das urnas eletrônicas.
Ainda segundo uma pessoa próxima a Bolsonaro, ele ouviu toda a conversa de Zambelli “calado”.
A meta agora é isolar a parlamentar bolsonarista, que vem sendo severamente criticada na própria direita e extrema direita desde a véspera do segundo turno da eleição de 2022, quando varou pelas ruas de área nobre da capital paulista com arma em punho, perseguindo um jornalista que participava de ato pro-Lula e travou uma discussão com ela.
Fonte: Blog do Jorge Lemos
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