O deputado federal Arthur Lira foi reeleito presidente da Câmara, nesta quarta-feira, com 464 votos ou 90% do total de parlamentares. Os adversários Chico Alencar, do PSOL, teve 21 votos, e Marcel Van Hattem, do Novo, conquistou apenas 19 votos.
Com isso, Lira virou o presidente da Câmara mais bem votado da história do parlamento desde a redemocratização em números absolutos, uma vez que o Ibsen Pinheiro, do PMDB gaúcho, teve 434 votos em 1991, quando conquistou 96% dos votos válidos. Lira perde para Pinheiro nos votos válidos já que hoje a Câmara tem mais deputados que naquela época.
Durante o discurso no plenário, Arthur Lira fez a defesa da gestão dele à frente da Casa, citou os projetos votados com ele na presidência nos últimos dois anos e fez uma apelo à pacificação do país.
Arthur Lira também explicou como será a relação da Câmara com o Executivo e defendeu limites para a liberdade de expressão.
Os adversários de Lira apelaram para a necessidade de uma oposição forte e para os riscos de um presidente da Câmara superpoderoso.
Marcel Van Hattem, do Novo, pediu votos afirmando ser o único candidato de oposição ao atual governo.
O candidato do PSOL, Chico Alencar, criticou a tentativa de golpe de estado de oito de janeiro, citou a importância das pautas sociais e também o risco de um presidente da Câmara muito forte.
Além da presidência, a Câmara elegeu outros 10 cargos para mesa diretora da Casa, sendo quatro suplências. A 1ª vice-presidência ficou com o Marcos Pereira, do Republicanos Paulista e a 2ª vice-presidência ficou com Sóstenes Cavalcante, do PL fluminense.
Já a primeira secretaria, que controla o orçamento da Câmara, ficou com Luciano Bivar, do União de Pernambuco. A 2ª secretaria ficou com Maria do Rosário, do PT gaúcho, a 3ª secretaria com Júlio César, do PSD do Piauí, e a quarta secretaria com o deputado do MDB de Rondônia, Lúcio Mosquini.
Fonte: Agência Brasil