Para as fotos de apresentação oficial, o atacante Jael já vestiu a camisa do Náutico. Para pisar no gramado e fazer a estreia pelo clube, o uniforme ainda vai ficar guardado por um tempo. O centroavante pregou cautela e indicou que só deve ser utilizado pelo técnico Dado Cavalcanti a partir de março.
“Temos um plano e, dia a dia, estamos conversando sobre a estreia, o momento em que o professor vai me usar. Estamos trabalhando com cautela, paciência. Estou um longo período parado, sem atuar. Meu foco é estar 100% fisicamente. Pelo período que fiquei parado, é pouco tempo ainda (de treino). Estou me condicionando, tentando melhorar cada dia mais. Vamos ver o momento certo para ficar liberado. Enquanto isso, trabalharei para melhorar a parte física”, afirmou, para em seguida fazer uma previsão.
“Estou na 23ª sessão de treino. Pelo período que fiquei parado, é cedo para falar de uma projeção de quando vou estrear. Penso que, em mais uns 10 dias, estarei à disposição de Dado. Vou trabalhar para isso ou até antes. Não sei. Isso será no dia a dia”, completou. O atleta não entra em campo desde dezembro de 2021, quando vestiu a camisa do Ceará.
“Só fui relacionado em um jogo em 2022. Não joguei, fiz apenas dois amistosos. Foi um ano difícil porque o clube vivia um momento de muita cobrança. Consegui me recuperar de uma lesão, que é o mais importante. Não tive oportunidade de jogar e veio a rescisão de contrato. Mas isso são águas passadas. Estou feliz de estar aqui. Espero dar o meu melhor em 2023 pelo Náutico”, explicou.
No Náutico, Jael se junta a nomes como Vagner, Paulo Miranda, Victor Ferraz e Souza na lista de atletas experientes que têm a missão de dar suporte aos mais jovens. Um, em especial, foi citado pelo centroavante de 34 anos. “No que for preciso, vou ajudar Júlio a crescer ainda mais. Não só ele, como todos os jovens. Vou procurar dar o meu melhor e espero que, juntos, a gente consiga conquistar os objetivos do clube. Todos com o mesmo pensamento”, frisou. “Souza eu conhecia de jogar contra, Victor e Vagner também. Paulo, eu joguei com ele no Grêmio”, completou.
Mesmo assumindo o posto de “professor”, Jael também reforça que está aprendendo algumas lições no dia a dia do clube. “Precisamos ser exemplo para os meninos em tudo. Vamos trabalhar para esse exemplo não ser só falado. Todos eles têm tudo para crescer e vou ajudar muito. Com minha dedicação e entendimento, poderei ajudar os jovens. Tenho 34 anos, mas posso aprender também. Não vou somente ensinar. Ontem mesmo eu estava aprendendo com Kuki na finalização. Falei: ‘vou escutar esse cara porque ele tem o dobro de gols que eu’. Quero dar o meu melhor. Tenho certeza que essa espinha dorsal vai poder ajudar os jovens”, declarou.
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Fonte: Folha PE