Depois de um surpreendente primeiro título em Indian Wells no domingo (19), o prodígio espanhol Carlos Alcaraz agora enfrenta, sem direito a descanso, um novo teste no Masters 1000 de Miami, onde tem a missão de defender o título do ano passado para se manter no topo do ranking masculino.
Alcaraz, de 19 anos, se sagrou campeão do Masters 1000 em Indian Wells (Califórnia) pela primeira vez no domingo, com uma excelente sequência em que não cedeu um set e o resultado catapultou de volta ao primeiro lugar da ATP.
Embora Novak Djokovic esteja ausente destes torneios nos Estados Unidos devido à sua recusa em ser vacinado contra o coronavírus, Alcaraz precisa agora revalidar o título do Masters 1000 de Miami (22 de março a 2 de abril) para não ter de devolver a liderança ao astro sérvio.
“É claro que vencer um torneio dá muita confiança” para o próximo, garantiu o espanhol após derrotar o ex-número 1 do mundo Daniil Medvedev na final de Indian Wells em 70 minutos.
“Estou jogando muito bem e espero voltar a jogar neste nível em Miami”, enfatizou.
Extremamente seguro de si mesmo, a chave do sucesso de Alcaraz pode estar na manutenção do tônus físico, depois de já nesta temporada ter sofrido uma lesão na perna direita que o afastou do Aberto da Austrália em janeiro e outra lesão abdominal que lhe custou a perda do título do Rio Open em fevereiro ao ser derrotado na final pelo britânico Cameron Norrie.
Além de manter o número um, uma vitória em Miami (Flórida) colocaria Alcaraz no clube exclusivo de nomes que emendaram vitórias consecutivas nos dois primeiros Masters 1000 da temporada, disputados nos Estados Unidos.
Em 1991, o ‘anfitrião’ Jim Courier se tornou o primeiro de 11 tenistas a alcançar essa dobradinha, conhecida como ‘Sunshine Double’. Entre esses campeões estão quatro mulheres: Steffi Graf, em duas ocasiões, Kim Klijsters, Victoria Azarenka e Iga Swiatek, que venceu no ano passado.
O último a alcançar o feito no masculino foi Roger Federer, que conquistou sua terceira ‘dobradinha’ em 2017, enquanto o recorde de ‘Sunshine Doubles’ permanece com Djokovic, com quatro.
– Medvedev com vontade de vingança –
Apesar de garantir que não presta muito atenção a seus feitos tão precoces, Alcaraz segue o ritmo que grandes nomes mantiveram no início da carreira, como o compatriota e ídolo Rafael Nadal.
Em Indian Wells, o prodígio de El Palmar (Murcia) se juntou a Nadal como os únicos a vencer pelo menos três Masters 1000 antes de completar 20 anos.
Nadal, que com essa idade já tinha conquistado seis Masters 1000, será a grande ausência de Miami junto com Djokovic devido a uma lesão que o obrigou a se concentrar na temporada de saibro e seu objetivo final de vencer seu 23º Grand Slam em Roland Garros.
No torneio de Miami, Alcaraz vai estrear contra o argentino Facundo Bagnis ou um adversário da fase anterior e depois um possível duelo com o veterano Andy Murray.
No papel, entre os seus mais fortes adversários pelo troféu estarão Medvedev, que procura a revanche numa quadra mais rápida e adaptada às suas condições, o grego Stefanos Tsitsipas e os jovens Felix Auger-Aliassime, Holger Rune e Jannik Sinner.
– Swiatek sob pressão –
No feminino, a polonesa Iga Swiatek vai tentar defender o cetro e recuperar a confiança depois de um início de temporada irregular.
Número 1 absoluta no ranking da WTA há um ano, Swiatek perdeu nas oitavas de final do Aberto da Austrália, na final em Dubai e nas semifinais em Indian Wells contra a futura campeã Elena Rybakina.
Depois dessa derrota, com um estrondoso placar de 6-2 e 6-2, a polonesa disse ter sentido um desconforto na região das costelas, do qual esperava se recuperar para o torneio de Miami.
Embora ainda esteja longe no ranking, Swiatek vê com preocupação a ascensão de várias tenistas que ameaçam o domínio que ela teve no ano passado nos grandes torneios.
Rybakina, atual campeã de Wimbledon, vai para Miami em grande fase, assim como a bielorrussa Aryna Sabalenka, finalista em Indian Wells e campeã do Aberto da Austrália.
O restante do top 20 do ranking da WTA também estará presente na Flórida, incluindo a grega Maria Sakkari e as americanas Jessica Pegula e Coco Gauff.
A espanhola Paula Badosa, precisando de bons resultados após um frustrante início de ano, pode esbarrar na terceira rodada com Rybakina, sua algoz nessa mesma fase de Indian Wells.
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Fonte: Folha PE
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