O curso ofereceu noções básicas de Libras para os agentes de trânsito em caso de abordagem ao condutor surdo que transita nas vias do Recife (Foto: Cortesia)
Foi realizada nesta terça-feira (30), pela Gerência da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Políticas sobre Drogas (SDSDHJPD), mais uma formação para servidores municipais na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Desta vez, 15 agentes de trânsito da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) participaram do Curso Básico I de Libras.
De acordo com Paulo Fernando, gerente da Pessoa com Deficiência do Recife, a Língua Brasileira de Sinais é uma língua reconhecida por lei no Brasil e a maneira mais comum de comunicação das pessoas com deficiência auditiva. Desse modo, o objetivo da iniciativa é assegurar a acessibilidade comunicacional nos serviços públicos municipais na perspectiva da inclusão social de uma considerável parcela da população do Recife. O curso ofereceu noções básicas de Libras para os agentes de trânsito em caso de abordagem ao condutor surdo que transita nas vias do Recife.
É importante destacar que quem tem deficiência auditiva pode obter carteira de habilitação, desde que utilize um adesivo no veículo com o símbolo internacional de surdez. O símbolo serve para alertar os demais motoristas de que o condutor do veículo tem deficiência auditiva, o que gera maior segurança e respeito à condição especial do condutor no trânsito.
A formação em Libras para os agentes de trânsito, além de proporcionar um atendimento acessível para as pessoas surdas, também é uma oportunidade de disseminar a Libras e qualificar os agentes de trânsito. Julianne Cristinne, agente de trânsito, participou da oficina e recebeu seu certificado de conclusão. “O curso foi bastante importante porque estou saindo daqui satisfeita e aprendi noções básicas de Libras, como o alfabeto que posso construir frases que vão me ajudar quando encontrar um condutor ou um pedestre surdo”, disse.
A presidente da CTTU, Taciana Ferreira, destacou que a formação dos agentes de trânsito em Libras é um avanço para melhorar a qualidade do atendimento à população. “Isso vai facilitar a nossa comunicação, sobretudo com os condutores que não conseguem ouvir”, afirmou.
O curso ofereceu noções básicas da Libras, com carga horária de 30 horas, e as aulas tiveram como facilitadora, a professora e intérprete de Libras, Rafaela Nunes, técnica da Gerência da Pessoa com Deficiência do Recife.
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