O governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, afirmou nesta segunda-feira (09) que respeita a decisão que o afastou do cargo e que não esperava que as ações antidemocráticas tomassem grandes proporções. Ele publicou uma nota oficial nas redes sociais.
No texto, Ibaneis diz que confia que a apuração vai esclarecer o papel de cada um dos agentes públicos, bem como a disposição do Governo do Distrito Federal em evitar qualquer ato que atentasse contra o patrimônio público da capital federal. O governador ainda diz ser necessário responsabilizar toda a rede que financie atos golpistas.
Ele ainda diz que respeita a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, e que tem fé na Justiça e nas instituições democráticas.
Na madrugada desta segunda, após a invasão no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e no STF realizado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, Moraes afastou Ibaneis Rocha do governo do DF por noventa dias.
Moraes considerou que a conduta de Ibaneis Rocha se mostrou “dolosamente omissiva”, porque, além de defender as manifestações, mesmo sabendo que ataques estavam sendo planejados, também ignorou os apelos para reforçar a segurança.
Com a decisão, a vice Celina Leão assumiu o governo a partir desta segunda-feira.
Em nota, algumas entidades do setor produtivo defendem a volta de Ibaneis. Também se colocam contra qualquer tipo de intervenção que fira a autonomia política e administrativa do Distrito Federal, sem a devida apuração dos fatos. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, se colocou a favor de Ibaneis e disse em entrevista à CNN que o afastamento pode ser “arbitrário”.
O Partido Verde anunciou que vai pedir o impeachment de Ibaneis. Segundo a legenda, o chefe do executivo do DF teria cometido os crimes de prevaricação, obstrução de justiça e contra o estado democrático de direito.
Fonte: Agência Brasil
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