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Adiado o júri popular de Guilherme Lira, acusado de jogar carro em árvore para matar ex-esposa

Foi adiado para o dia 10 de abril, às 9h, o júri popular de Guilherme José Lira dos Santos, acusado de ter assassinado a ex-esposa, Patrícia Cristina Araújo dos Santos, em uma colisão de carro. O caso aconteceu no dia 4 de novembro de 2018, no bairro da Boa Vista, área central do Recife.

O julgamento estava programado para esta segunda-feira (20), mas foi adiado a pedido do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e da assistência da acusação, que alegaram a impossibilidade do comparecimento de duas testemunhas durante o júri.

Segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), uma das testemunhas não poderia comparecer por motivo de saúde, e a outra por se encontrar fora do estado no dia marcado. Para a oitiva do julgamento em plenário, o MPPE convocou cinco testemunhas e três peritos criminais. Já a defesa arrolou cinco testemunhas e dois informantes.

Diante da solicitação certificada por um oficial de justiça, a juíza da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, Fernanda Moura, definiu a nova data para o julgamento, que acontecerá no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha Joana Bezerra, no Recife.

Na denúncia oferecida pelo MPPE, o réu é acusado de provocar a colisão contra uma árvore com o objetivo de assassinar a vítima. Na sessão, Guilherme será julgado por homicídio qualificado. As qualificadoras são ter cometido o homicídio por motivo torpe, mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; e pela condição de gênero da vítima (feminicídio). 

A defesa do réu nega que houve intenção de matar a vítima e alega que houve apenas um acidente de trânsito, o que faria o homicídio ser culposo. 

Relembre o fato


Guilherme José de Lira Santos dirigia o próprio veículo quando colidiu com uma árvore na rua Fernandes Vieira, no bairro da Boa Vista, no dia 4 de novembro de 2018. A esposa dele à época, Patrícia Cristina Araújo Santos, de 46 anos, estava no banco do passageiro sem o cinto de segurança e ficou presa nas ferragens e foi retirada sem vida do local.

Guilherme teve apenas ferimentos leves e alegou que teria perdido o controle do veículo. O casal estava em processo de separação, mas o marido não aceitava o término e, no dia da batida, segundo familiares, ele teria insistido que precisava conversar com esposa e a levou para o carro.

Na época do acidente, o delegado titular da 1ª Delegacia de Homicídios do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Diego Acioli, afirmou que o carro que o suspeito dirigia estava em alta velocidade e teria sido jogado propositadamente contra a árvore.

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