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Acusado de matar a jovem Kauany Mayara, em Glória do Goitá, será julgado por júri popular

Edson Cândido Ribeiro, acusado de matar duas mulheres na cidade de Glória do Goitá, Zona da Mata de Pernambuco, no início deste ano, será levado a júri popular pelo feminicídio de uma delas, a ex-companheira Kauany Mayara Marques da Silva. A informação foi confirmada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), nesta quinta-feira (22). 

No tribunal do júri, sete cidadãos de Glória do Goitá deverão decidir pela condenação ou absolvição de Edson.

Além de Kauany Mayara, Edson Cândido é acusado pela morte de Jailma Muniz de Souza. Na época dos crimes, a polícia passou oito dias em busca do acusado.

Edson não queria aceitar o fim do relacionamento com Kauany. Em 29 de janeiro de 2022, ele a matou e jogou o corpo em um bueiro. Horas depois, conta o relato policial, ele ainda perseguiu outras mulheres e estuprou e matou Jailma, a segunda vítima – o crime contra ela é objeto de outro processo. 

O julgamento em júri popular foi acertado na quarta-feira (21), ao fim da etapa de instrução processual. O MPPE obteve decisão de pronúncia favorável ao entendimento de que o acusado praticou homicídio qualificado por motivo torpe, uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e contra a mulher por razões da condição de sexo feminino (Art. 121, § 2º, incisos I, IV e VI do Código Penal).

“O crime de homicídio tem um julgamento diferenciado, que é o júri popular. Ele é dividido em duas fases: na quarta-feira, concluímos a instrução processual, na qual o Ministério Público comprova a materialidade do crime e indícios de autoria. Com a decisão de pronúncia favorável ao pedido do MPPE, a Justiça determina que ele será julgado pelos seus pares, a comunidade de Glória do Goitá”, detalhou a promotora de Justiça Soraya Dutra, que atuou durante a fase de instrução processual.

Na audiência, o MPPE arrolou oito testemunhas e duas informantes. Todos foram ouvidos em juízo e contribuíram com elementos de prova relevantes para a elucidação dos fatos. O Judiciário pronunciou o acusado nos termos requeridos pelo Ministério Público; em seguida, a Defensoria Pública apresentou recurso, que será apreciado no decorrer do processo.

Edson Cândido permanece preso preventivamente em unidade prisional, de forma a garantir a segurança pessoal dos parentes das vítimas e testemunhas, a manutenção da paz social e a garantia da instrução judicial. Ele já foi pronunciado no âmbito do processo que diz respeito à morte de Jailma Muniz, segundo o MPPE.

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