Foi com Wolney Queiroz que o governador Paulo Câmara encerrou, ontem, o conjunto de conversas com os presidentes de partidos aliados da Frente Popular.
As auscultas foram definidas por ele como parte do roteiro para definição do candidato a sua sucessão.
Como a coluna cantara a pedra, o dirigente estadual do PDT foi recebido, logo no início da manhã, no Palácio das Princesas.
Junto a ele e ao chefe do Executivo estadual, foram à mesa ainda o deputado estadual José Queiroz e o presidente do PSB-PE, Sileno Guedes.
O papo, que teve início por volta das 9h30, contemplou ainda o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, para quem Paulo Câmara cuidou de telefonar e a quem transmitiu sua preocupação em manter o PDT na aliança. A Lupi, o governador disse que faria tudo que estivesse ao seu alcance para isso.
O PDT não arrodeia e pleiteia uma vaga para o Senado na chapa majoritária. Wolney tratou de reforçar essa pretensão ao longo da conversa.
“Achei uma conversa franca e objetiva. Como presidente estadual, eu estava lá para ouvir e também para falar. Disse que o PDT pleiteia a vaga do Senado e que o nome é o meu”, relata, à coluna, o deputado federal.
Do final da semana passada para cá, a fila dos que pretendem concorrer à Casa Alta na Frente Popular aumentou. Além de a vice-governadora Luciana Santos ter tido o nome lançado como alternativa, o PT tem sinalizado que, caso seja necessário abrir mão da candidatura de Humberto Costa a governador, o plano B da legenda seria, necessariamente, trabalhar por uma cadeira no Senado.
Conforme a coluna apurou, a pretensão tem a ver com uma estratégia que vem sendo adotada pelo PT, de forma conjugada com o projeto presidencial: construir uma base sólida no Congresso Nacional, capaz de dar sustentação a um eventual governo do ex-presidente Lula sem deixá-lo refém, por exemplo, de um processo de impeachment.
Em função disso, o partido vem apostando na federação e, em paralelo, tem feito esforço para ter, em chapas majoritárias, candidatos à Casa Alta que votem ideologicamente alinhados ao partido. Wolney pode ser um deles, Luciana também.
No PT, já se previu “ruptura grave” caso o partido não seja ouvido pelo PSB sobre o Senado. O detalhe é que a fila dos demais cotados inclui André de Paula (PSD), Eduardo da Fonte (PP) e Silvio Costa Filho (Republicanos), apontados como opções que votam de forma dissonante do PT. A conferir.
Senado e vice no 2º tempo
Aos interlocutores, na conversa com o PDT, Paulo Câmara deixou claro o seguinte: a discussão e definição dos nomes para a vice e para o Senado ficarão para um segundo momento. Com isso, o ganha tempo. Antes, ficou de anunciar o candidato a governador. E já não se aposta mais que o nome saia ainda esta semana.
A vez do PSB > Na última sexta, o governador fez reunião com a bancada estadual do PSB. Com os deputados federais já vinha conversando em meio aos diálogos com outros partidos. Ainda restam algumas consultas internas antes de bater o martelo.
Pode repetir? > Gleisi Hoffmann questionou Carlos Siqueira, durante encontro, anteontem, focado no estatuto da federação. Quis saber se a proposta dele, segundo a qual o partido que estiver no governo teria prioridade de decisão, para conduzir reeleição ou indicar sucessor, se aplicaria a todas às instâncias. Ele devolveu que sim. O PT não fez prefeito em Capital no último pleito.
Veja também
BBB 22 Futebol”Só falta eu”, analisa Eliezer sobre paredão
Filho de Cristiano Ronaldo viraliza nas redes por mostrar vídeo do Luva de Pedreiro à família
Fonte: Folha PE
Autor: Renata Bezerra de Melo
Você precisa fazer login para comentar.