- Author, Sean Coughlan
- Role, Correspondente real da BBC
O príncipe Harry e sua mulher, Meghan, fizeram uma reformulação em sua presença online, lançando um site com sua nova marca.
Com o título “O gabinete do Príncipe Harry e Meghan, o Duque e a Duquesa de Sussex”, o site sussex.com tem um brasão de aparência majestosa na página principal.
A marca Archewell, da ONG criada por eles para ações de caridade e mídia, agora está em uma página interna do site, disponível através de um link na página principal.
É fácil imaginar que especialistas de publicidade tenham ajeitado cada detalhe de fontes, fotos e textos para vender a página. Mas afinal, o que Harry e Meghan estão tentando dizer?
1. Mensagem de bem-estar
A página principal do site é azul escura – uma cor que os profissionais de marketing gostam de associar a sentimentos de confiança e qualidade, sem falar na própria realeza.
Após alguns minutos, é carregada uma foto do casal, em que os dois aparecem sorrindo e batendo palmas: trata-se de uma mensagem de bem-estar, positividade e união.
A imagem foi tirada na cerimônia de encerramento dos últimos jogos Invictus, um evento multiesportivo internacional de militares criado pelo príncipe Harry.
2. O gabinete de…
Há uma atmosfera ex-presidencial no novo site, com o uso da expressão “gabinete”, do brasão e de páginas dedicadas a objetivos futuros e biografias que relembram triunfos e prêmios alcançados.
O objetivo é parecer elegante e simples. Mas é um estilo que também poderia funcionar para fazer publicidade de chocolates caros.
E por que sussex.com? Provavelmente o domínio H&M já estava sendo usado (pela marca de roupas H&M).
Não há menção a nenhum outro membro da realeza nas biografias do casal.
Em geral, a tentativa de usar ligações com a realeza como vantagem gera indignação do público. Mas no caso de Harry e Meghan, o que chama a atenção é a falta de qualquer menção à família real britânica.
O perfil do príncipe Harry menciona sua carreira militar, as instituições de caridade que ele apoia e seu livro de memórias O que sobra (Editoria Objetiva), mas nada sobre ser o quinto na linha de sucessão ao trono do Reino Unido.
Mas diminuir a exposição da marca Archewell faz sentido se eles pretendem ter uma atuação pública mais pessoal. Afinal, o conceito da Archewell pode ser confuso – é uma instituição de caridade ou uma empresa de mídia?
Agora, trata-se da marca deles como indivíduos, e não de sua estrutura corporativa.
4. Meghan como feminista
Meghan decidiu concentrar sua marca no seu trabalho de apoio às mulheres, com a sua biografia apresentando-a como uma “feminista e defensora dos direitos humanos e da igualdade de gênero”.
“Ao longo da vida, sua defesa das mulheres e meninas é um elemento constante nos seus empreendimentos humanitários e empresariais”, diz o texto.
É um posicionamento claro e sinaliza o tipo de projetos que podem estar em andamento. É um currículo que realmente não menciona seu tempo na família real – a única menção é seu casamento com Harry em 2018.
Em vez disso, destaca sua carreira de atriz e sua atuação em questões sociais, sem mencionar o Palácio de Buckingham.
5. Títulos
Os dois já não são membros ativos da realeza, mas em um ponto suas conexões familiares ficam evidentes.
As biografias de Harry e Meghan usam os títulos reais de seus filhos, descrevendo-os como “Príncipe Archie e Princesa Lilibet”.
Fonte: BBC
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