- Author, Mariana Sanches
- Role, Da BBC News Brasil em Washington D.C.
- Twitter, @Mariana_Sanches
Uma mãe negra tenta matricular sua filha de 7 anos numa determinada turma de uma escola pública em um rico subúrbio de Atlanta, no Estado da Geórgia (EUA). Diante da resistência da diretora da instituição em acatar a escolha da família, a mãe questiona a escola. A resposta: “essa não é a classe dos alunos negros”, explica a diretora, igualmente negra, como a mãe e a aluna.
Esta não é uma história que se passa nos anos 1940, antes que a Suprema Corte tomasse a decisão conhecida como Brown vs. Board of Education, que declarou inconstitucional que crianças fossem segregadas racialmente nas escolas, como era praxe até então na sociedade americana. Nem a diretora da escola de Atlanta, em 2020, estava motivada por ideias segregacionistas e racistas de décadas atrás.
A história da tensão na escola de Atlanta é um dos vários exemplos que o cientista político alemão-americano Yascha Mounk usa para ilustrar o que chama de “armadilha identitária”. Mounk descreve como, segundo ele, uma parte da política progressista ou de esquerda atual passou a privilegiar a identidade sobre todas as outras coisas na hora de desenvolver políticas públicas e se posicionar no debate político.
Para Mounk, em nome de ideias e valores “centralmente preocupados com o papel que categorias de identidade como raça, gênero e orientação sexual desempenham no mundo”, uma parcela considerável da esquerda passou a desprezar – ou relegar a segundo plano – “valores universais e regras neutras, como liberdade de expressão e igualdade de oportunidades”, historicamente bandeiras do espectro esquerdista, ele argumenta. A isso, Mounk chama de “síntese identitária”, mas no Brasil é o que tem sido batizado, à esquerda, de pauta identitária, e à direita, de “ideologia de gênero”, entre outros termos.
Conhecido por ser um pensador de esquerda, Mounk acaba de lançar, nos Estados Unidos, o livro “Identity Trap: a story of ideas and power in our time” (ou, em tradução livre, “A armadilha identitária: uma história de ideias e poder em nosso tempo”), ainda sem previsão de publicação no Brasil.
Segundo seu raciocínio, ao dominarem as discussões de políticas públicas ou tomarem instituições como universidades e a imprensa, a síntese identitária acaba por alienar uma boa parte da população, que se sente excluída ou confrontada pelos termos do debate. E aí ganha força eleitoral o outro lado da história, a que ele chama de “extrema direita populista”, citando figuras como Donald Trump ou Jair Bolsonaro.
Segundo Mounk, a síntese identitária não serve nem mesmo para solucionar o problema de representatividade a que se propõe, porque ao priorizar as características de subgrupo social das pessoas — como a cor da pele de uma juíza negra apontada ao Supremo Tribunal Federal (STF) — deixa-se de privilegiar seus predicados objetivos — como o saber jurídico e intelectual — que deveriam ser os reais motivos da indicação.
Em entrevista por vídeo chamada à BBC News Brasil, Mounk defende que a pauta identitária leva à polarização social tanto quanto a nova direita populista, que nos EUA essas ideias já levaram a políticas públicas erradas, como as regras de distribuição de vacina contra a covid-19, e ajudam a explicar a saúde política do candidato republicano Donald Trump, que tenta voltar à Casa Branca em 2025.
No Brasil, embora reconheça os limites da noção de “democracia racial”, Mounk afirma que os brasileiros não deveriam permitir que a luta contra a estratificação racial — que mantém os negros em patamares mais baixos de renda do que os brancos — provoque o aumento na segregação racial.
Leia a seguir os principais trechos da entrevista de Yascha Mounk à BBC News Brasil.
BBC News Brasil – Por muito tempo, a esquerda perseguiu um certo universalismo, no sentido de mostrar que as diferenças de renda, raça, gênero não tornavam os direitos dos cidadãos diferentes, pelo contrário. Em que momento e por que isso começa a ser abandonado por grupos de esquerda em favor do que você chama de ‘síntese identitária’?
Yascha Mounk – Eu sou alguém que sempre esteve à esquerda e permanece à esquerda. Entrei para o Partido Social Democrata Alemão aos 13 anos. Na verdade, tive que mentir para entrar no partido porque eu só poderia fazer isso aos 14 anos e alguém sugeriu que eu falsificasse meu aniversário para entrar. E o que me atraiu para a esquerda foram duas tradições que marcavam sensivelmente esse espectro político.
A primeira é o reconhecimento de que na maioria das sociedades, historicamente, as pessoas são discriminadas com base na situação econômica, mas também com base nos tipos de grupos em que nasceram. Grande parte da direita e da extrema direita sempre quiseram manter hierarquias de dominação baseadas em religião, cor de pele, orientação sexual, gênero e assim por diante.
E em segundo lugar, partimos da luta por uma sociedade na qual superássemos essas diferenças, insistindo que somos capazes de nos compreendermos para comunicarmos através das fronteiras de nação, classe, religião e raça. Queríamos construir um mundo onde pudéssemos nos ver como irmãos e onde seríamos tratados como iguais, tratados da mesma forma. O que me chama a atenção na nova ideologia relativa à raça, ao gênero e à orientação sexual, cuja ascensão narro no meu novo livro “A armadilha da identidade” é que a esquerda desistiu da segunda parte deste raciocínio.
Agora está na moda dizer que se você e eu estamos em diferentes interseções de identidade – como nos Estados Unidos, em que você é uma mulher latina e eu sou um homem branco – então realmente não seremos capazes de nos comunicar e de nos entender.
(Essa interpretação do mundo) argumenta que deveríamos estar muito preocupados com as formas de influência cultural mútua, mas se eu pertenço a um grupo e você pertence a outro grupo, seria problemático para mim inspirar-me na sua criação artística ou nas suas tradições históricas.
E incentiva cada vez mais as pessoas a se conceberem, antes de mais nada, em virtude de um grupo no qual nasceram. Muitas escolas nos Estados Unidos agora dizem explicitamente que querem educar os alunos para que se concebam como seres raciais e coloquem a identidade racial acima de outras maneiras pelas quais eles poderiam pensar sobre si mesmos. E eu acho que isso é uma traição à missão histórica da esquerda e é um erro em termos de um tipo de sociedade que deveríamos querer construir e criar.
BBC News Brasil – Parece que esta abordagem da esquerda agora poderia potencialmente abrir a porta para o ressurgimento de algo que historicamente foi combatido pela esquerda: a segregação social, o regime de apartheid. Concorda que parece haver uma contradição? Por que a esquerda está optando por essa abordagem?
Mounk – Acho que há uma contradição aí. (O advogado pelos direitos civis) Derrick Bell, um dos fundadores do que ficou conhecido como teoria crítica da raça, ajuda a explicar isso. Bell era um advogado afro-americano de direitos civis nos Estados Unidos e fez um trabalho heroico ajudando a integrar escolas, empresas e instituições em todo o sul na década de 1960. Mas suas ideias acabaram sendo profundamente moldadas pelas deficiências dessas transformações, algumas das quais são compreensíveis. Ele percebeu, por exemplo, que estava defendendo a integração de escolas em nome dos seus clientes, mas por vezes, quando conseguia vencer esses processos judiciais e integrar essas escolas, esses clientes já tinham concluído o ensino médio (em escolas racialmente segregadas), então não se beneficiavam mais dessas mudanças.
Em vez de reconhecer que as mudanças são lentas, mas podem ser reais, Bell exagerou as implicações desses resultados. Ele começou a dizer que a América no ano 2000 permanecia tão racista como tinha sido em 1950 ou 1850, que o progresso na questão racial não era possível, ele afirmava que o racismo é uma característica permanente dos Estados Unidos.
E como resultado, acabou por rejeitar as partes fundamentais do Movimento dos Direitos Civis. Ele passou a pensar que Brown vs Board of Education (a decisão da Suprema Corte que acabou com a segregação racial nas escolas) era, em muitos aspectos, um erro, argumentando que escolas separadas, mas verdadeiramente iguais, poderiam ser melhores (do que escolas racialmente integradas mas com discriminação). E apelou aos seus seguidores para que rejeitassem o que chamou de defunta ideologia da igualdade racial do Movimento dos Direitos Civis. Então isso ajudou a estabelecer uma nova forma de política de esquerda que busca respostas ao fazer com que a forma como tratamos uns aos outros e como o Estado trata a todos nós dependa explicitamente do tipo de grupo racial do qual fazemos parte.
O objetivo disto é ser libertador e não opressivo, que estas formas de consideração diferencial ajudem em vez de prejudicar os grupos que historicamente foram maltratados. Mas acho que é muito ingênuo presumir que é assim que as coisas vão acontecer. Se encorajarmos a sociedade a transformar-se num conflito de soma zero entre diferentes grupos étnicos, não há nenhuma razão específica para assumir que isso beneficiará sempre os grupos historicamente marginalizados.
BBC News Brasil – Na sua avaliação, ao retirar a ênfase de princípios básicos como um homem um voto ou da liberdade de expressão e reforçar as diferenças entre diferentes grupos na sociedade, essa parte da esquerda fragiliza a democracia?
Mounk – O livro é chamado de armadilha de identidade e acho que a metáfora da armadilha é muito útil aqui porque uma armadilha é uma isca, é algo que atrai você e, no caso desta ideologia, a isca é a afirmação, a promessa de que ela permitirá que as pessoas lutem contra as injustiças nos Estados Unidos, no Brasil e em muitas outras democracias do mundo da maneira mais intransigente possível. Mas é uma armadilha porque acaba por ser contraproducente. E é contraproducente de várias maneiras. Ao inspirar políticas públicas, por exemplo, ela na verdade prejudica, em vez de ajudar, grupos vulneráveis.
Nos Estados Unidos, o Centro de Controle de Doenças (CDC) decidiu que não poderia priorizar os idosos. Quando finalmente obtivemos vacinas que salvam vidas durante a pandemia de covid-19, praticamente todos os países priorizaram os idosos para essas vacinas porque são o grupo com maior risco de mortalidade por covid. Nos Estados Unidos, nós decidimos que isso seria contra o novo valor da equidade, uma vez que os americanos mais velhos são desproporcionalmente brancos. Por isso, o CDC acabou priorizando um grupo muito mais amplo, de trabalhadores essenciais, como os primeiros a receber as doses.
Mas isso levou a muitas injustiças porque acarretou em uma disputa política sobre quem seria considerado como trabalhador essencial – e aí os produtores de cinema em Los Angeles e os executivos financeiros em Nova York entraram nessa categoria. Acabamos com muitas pessoas elegíveis para poucas vacinas. Então as pessoas mais conectadas, com mais recursos, que tinham condições de dirigir por horas até uma farmácia remota para tomar uma vacina acabaram em primeiro lugar na fila. E, como resultado, provavelmente isso matou mais americanos não-brancos. Portanto, estas ideias são também uma armadilha política.
A síntese identitária, como a chamo, e o populismo de extrema direita, são talvez opostos um ao outro ideologicamente, mas em termos práticos e políticos, cada um ajuda a polarizar a sociedade e acaba por reforçar a posição do outro.
Nos Estados Unidos, uma das razões pelas quais estas ideias se tornaram tão influentes depois de 2016 é que, quando Donald Trump foi eleito, tornou-se muito difícil criticá-las pela esquerda sem ser acusado de querer ajudá-lo secretamente.
Mas uma das razões pelas quais Donald Trump está agora competindo cabeça a cabeça com Joe Biden na eleição presidencial de 2024 é que uma enorme quantidade de americanos está desanimada com o papel que estas ideias passaram a ter sobre as instituições convencionais. Portanto, em termos práticos e políticos, um é a outra face do outro, para se opor a um de forma eficaz, é necessário opor-se a ambos.
BBC News Brasil – Em que outros aspectos você vê semelhança entre essas duas forças políticas? O modo como atuam no poder é semelhante?
Mounk – É até difícil para nós sabermos como seria um governo totalmente pautado pela síntese identitária, em parte porque ela é tão pouco atraente do ponto de vista eleitoral. Minha preocupação mais imediata não é o que acontecerá se essas ideias acabarem chegando ao poder, mas sim que, se essas ideias tomarem conta das instituições convencionais, as pessoas perderão a confiança nos jornais, nas universidades e em outras instituições das quais precisamos para que a sociedade funcione bem, e quando essas ideias dominam os partidos políticos de esquerda, isso torna muito mais fácil para os candidatos de extrema direita conquistarem o poder político.
BBC News Brasil – Você é um pensador de esquerda fazendo uma crítica a um dos movimentos mais fortes surgidos na esquerda nos últimos tempos em um momento em que muitos veem as democracias fragilizadas por correntes populistas de direita. Há quem critique sua ênfase na crítica à esquerda dizendo que ela atua em favor da direita. Qual a sua resposta a isso?
Mounk – Uma parte da resposta é que essas ideias são importantes por si mesmas, se os Centros de Controle de Doenças acabarem adotando um conjunto incorreto de diretrizes sobre como distribuir vacinas que salvam vidas (por causa da pauta identitária), isso pode levar a que pessoas de todas as raças e origens nacionais morram desnecessariamente, logo, os riscos são elevados por si só.
Vimos que muitas instituições progressistas importantes que servem algumas das pessoas mais vulneráveis nos Estados Unidos tiveram enormes colapsos internos e grandes disputas políticas que tornaram impossível servir eficazmente suas missões importantes nos últimos anos e essa é uma das razões pelas quais alguns as pessoas da esquerda estão começando a abrir os olhos sobre como estas ideias são equivocadas e falhas.
E, finalmente, como eu estava argumentando, acho que a maneira certa de lutar contra os perigosos políticos de extrema direita não é fechando os olhos para os problemas do nosso próprio espectro político e fingindo que eles não existem. É chamar a atenção para esses problemas para que os políticos se distanciem destas ideias, porque é isso que é preciso para poder vencer a extrema direita nas urnas.
BBC News Brasil – O Brasil sustenta há anos um mito de ser uma democracia racial, quando na verdade segue excluindo pessoas negras, indígenas e também mulheres do centro de poder. Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se recusou a indicar uma mulher negra ao Supremo Tribunal Federal ao dizer que o importante era nomear alguém que servisse bem ao Brasil, não escolher alguém a partir de um perfil socioeconômico e racial. Quão importante afinal é a representatividade de grupos na democracia e como ela deve ser garantida?
Mounk – Eu certamente acho que a representação política é importante. Muito do meu trabalho, inclusive este livro, é motivado por essas injustiças, que realmente persistem. Certamente tanto o Brasil quanto os Estados Unidos têm origens como uma sociedade escravista e isso tem levado a injustiças persistentes, em particular contra aqueles que são descendentes de pessoas escravizadas. Precisamos lutar contra as formas atuais de discriminação de forma intransigente e precisamos criar muitas oportunidades para as pessoas que não têm recursos e acesso à mobilidade econômica.
Também penso que os partidos políticos têm a responsabilidade moral de tentar recrutar candidatos provenientes de uma gama mais ampla de origens, sejam elas minorias étnicas ou mulheres.
No entanto, não creio que as cotas explícitas sejam uma forma útil de fazê-lo, em parte porque retiram aos eleitores a capacidade de exercer a escolha livremente e em parte porque acabam por colocar um asterisco nas pessoas que são selecionadas desta forma.
Nos Estados Unidos, por exemplo, temos visto repetidamente nos últimos anos que os democratas acabaram por desvalorizar aos olhos do público candidatos muito qualificados porque foram explicitamente selecionados com base no fato de serem negros. Foram os casos da última juíza da Suprema Corte nomeada por Joe Biden, Ketanji Brown Jackson, a KBJ, e a senadora pela Califórnia Laphonza Butler, escolhida pelo governador Gavin Newsom, e nomeada após a morte de Dianne Feinstein. Ambas são altamente qualificadas, tanto como juíza quanto como política, e teriam sido escolhas perfeitamente naturais para as posições. Mas como Biden e Newsom haviam anunciado com antecedência que escolheriam uma mulher negra, elas foram percebidas por grande parte da população como sendo apenas a pessoa mais qualificada dentro de uma pequena subcategoria de uma população. Acho que teria feito muito mais sentido para eles dizerem que escolheram a pessoa mais qualificada para o trabalho. E muito plausivelmente teria sido KBJ e Butler. Mas penso que há uma grande diferença entre garantir que se procura e recompensa talentos políticos em diferentes partes da população e dizer explicitamente que se está fazendo isto com base numa cota ou numa restrição do próprio processo de seleção.
BBC News Brasil – Mas no caso de Lula, houve uma decepção de parte de sua base, que esperava por uma nomeação que corrigisse essa injustiça, e também parece ser parte da responsabilidade histórica da esquerda ajudar a aumentar a representatividade, não?
Mounk – É um pouco difícil comentar sobre uma questão de política brasileira que não acompanhei de perto. Se houvesse um candidato natural altamente qualificado ao Supremo Tribunal Federal nesse grupo demográfico, então Lula certamente deveria ter considerado essa pessoa. E é perfeitamente possível que ele não o tenha feito devido a alguma forma de preconceito que é difícil para eu avaliar de fora, mas é certamente plausível. Mas o que estou dizendo é que se ele escolhesse um candidato qualificado desse subgrupo, ele deveria anunciá-la com base nas qualificações reais da candidata, em vez de apresentá-la como a candidata mais qualificada dentro de um subgrupo e dizer que a escolha foi motivada pela agenda racial.
BBC News Brasil – Como você vê a evolução deste debate identitário nas próximas décadas?
Mounk – O que veremos é uma contestação nos próximos 20 a 30 anos sobre o que significa ser de esquerda e sobre a natureza destas ideias, que se tornaram extremamente influentes nas principais instituições.
Elas dominam grande parte dos padrões pedagógicos com os quais a próxima geração de pessoas está sendo criada. E algumas das deficiências dessas ideias estão se tornando mais evidentes a cada dia e a resistência a elas, em parte, por razões de reação da extrema direita, mas também de muitos liberais, de muitos moderados, muitas pessoas de esquerda que discordam da visão de sociedade futura que estas ideias implicam, está se formando uma resistência. Acho que será uma luta genuína na contestação dessas ideias que durará muito tempo.
É importante que os críticos razoáveis destas ideias vençam, que as pessoas que são capazes de reconhecer as profundas injustiças que continuam a formar a nossa sociedade, que defendem a tolerância e a verdadeira igualdade, que querem insistir na nossa capacidade de nos compreendermos através das linhas políticas, por pessoas que pensam que o que temos em comum pode ser e é mais importante do que aquilo que nos divide.
Em vez de construir uma sociedade que encoraje a eliminação de alguns conflitos entre diferentes grupos de identidade, podemos construir uma sociedade com uma identidade partilhada como cidadãos de um país que trata todos os seus membros com igual respeito e merecimento e da forma justa que aspiramos.
Fonte: BBC
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