06/04/2022 – O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri de Olinda acolheu integralmente a tese do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e condenou Jonata Zoberto Verçosa de Lima a 24 anos e seis meses de reclusão, pelo homicídio triplamente qualificado da namorada Carolline Marry de Oliveira, no dia 23 de outubro de 2016, após saírem do show “Festeja”, nas dependências do estacionamento do Centro de Convenções. O julgamento se encerrou nesta quarta-feira (6).
Jonata Lima foi condenado no art.121, § 2º, incisos I (motivo torpe), IV (recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido) e VI (feminicídio), combinado com o §2º-A, inciso I(violência doméstica e familiar) e II (menosprezo ou discriminação à condição de mulher), todos do Código Penal.
Para o MPPE, Jonata Zoberto Verçosa de Lima simulou o latrocínio para cobrir o crime, mas as provas levantadas durante a investigação feita pela Polícia Civil desconstruiu a narrativa e corroborou para reunir elementos suficientes para a materialidade do crime e a autoria do réu do homicídio da vítima, com quem se relacionava há quatro anos. A defesa do réu sustentou a versão do latrocínio, negando que a autoria do crime seja de Jonata Lima.
O julgamento que durou dois dias, iniciando-se no dia 5 de abril, foi presidido pela juíza Flávia Figueira e teve como a parte da acusação (MPPE) desempenhada pelas promotoras do Júri Maria Carolina Miranda Jucá, Eliane Gaia e pelo promotor Mário Gomes de Barros.
Relembre os fatos – Conforme trecho da denúncia, na noite do crime, 23 de outubro de 2016, Jonata Lima e a vítima encontravam-se juntos nas dependências do Centro de Convenções assistindo ao show denominado “Festeja”. Por volta das 2h, o casal retornou ao automóvel que se encontrava no estacionamento interno do estabelecimento, quando adentraram no veículo, Jonata, utilizando-se de sua arma de fogo, efetuou disparo mortal contra a vítima indefesa.
À época, as notícias da imprensa chegaram a narrar latrocínio (roubo seguido de morte), que era a versão de Jonata Lima, mas após as investigações policiais, foi denunciado pelo MPPE, em 18 de fevereiro de 2017, por homicídio triplamente qualificado de Carolline Marry de Oliveira.