A Faixa de Gaza é um território de 41 km de comprimento e 10 km de largura entre Israel, Egito e o Mar Mediterrâneo. A área, equivalente a um quarto da cidade de São Paulo, abriga cerca de 2,3 milhões de pessoas. Desde 2007, a Faixa de Gaza é controlada pelo grupo extremista palestino Hamas.
Israel, por outro lado, controla o espaço aéreo sobre Gaza e a sua costa e restringe quem e quais mercadorias podem entrar e sair através das suas fronteiras. Ao sul do território, o Egito também controla quem entra e sai através da sua fronteira com Gaza.
Cerca de 80% da população de Gaza depende da ajuda internacional, segundo a ONU, e cerca de 1 milhão de pessoas dependem de ajuda alimentar diária.
O território foi tomado pelo grupo militante islâmico Hamas em 2007, um ano após o grupo ter vencido as eleições parlamentares locais. Não houve eleições desde então.
À época, Israel e Egito reforçaram ainda mais o bloqueio ao território.
Gaza fazia parte do Império Otomano antes de ser ocupada pelo Reino Unido de 1918 a 1948 e pelo Egito de 1948 a 1967.
Em 1967, durante a chamada “Guerra dos Seis Dias”, Israel tomou a Faixa de Gaza do Egito e a Cisjordânia da Jordânia.
Os palestinos reivindicam esses territórios para si e os consideram como parte de um futuro Estado.
Israel controlou Gaza durante 38 anos, onde construiu 21 assentamentos judaicos. Em 2005, após pressões domésticas e externas, o país decidiu unilateralmente pela retirada de suas forças e dos 9 mil colonos da área, desmantelando todos os assentamentos.
Desde então, a região está sob controle do Hamas.
O grupo militante palestino e o governo israelense se envolveram em dezenas de confrontos no território, incluindo duas guerras, em 2008/2009 e 2014.
Em 7 de outubro de 2023, extremistas do Hamas saíram de Gaza e realizaram uma série de ataques em território israelense que deixaram mais de 1,2 mil mortos, incluindo mulheres, idosos e crianças. Cerca de cem pessoas foram feitas reféns pelo Hamas, sendo provavelmente levadas para o território de Gaza.
Em 1993, os tratados conhecidos como Acordos de Oslo entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) visavam cumprir o “direito do povo palestino à autodeterminação”.
Em 1994, pelo Acordo Gaza-Jericó entre Israel e a OLP, também conhecido como Acordo do Cairo, foi estabelecida a primeira entidade autônoma da Autoridade Nacional Palestina (AP) na Cisjordânia (na área de Jericó) e na Faixa de Gaza.
O acordo previa uma redistribuição das forças israelenses em três etapas.
Em 1º de julho daquele ano, o líder palestino, Yasser Arafat, chegou a Gaza para servir como presidente da Autoridade Palestina.
Em 2005, após 38 anos, Israel se retirou unilateralmente da Faixa de Gaza sob pressão interna e internacional — cerca de 8 a 9 mil colonos em 21 assentamentos judaicos e forças militares deixaram a área.
Aqueles que apoiaram a retirada acreditavam que a retirada de Israel de Gaza reduziria os confrontos entre judeus e palestinos, bem como liberaria vastas somas de dinheiro (então gastas com a pequena população de colonos) para fazer avançar outras questões da agenda de segurança nacional.
Eles argumentavam que Gaza, cercada por todos os lados por Israel e pelo Egito, seria uma ameaça muito menor para Israel.
Já os que se opuseram à retirada advertiram que grupos militantes palestinos, como o Hamas, tirariam proveito do episódio.
Além disso, argumentaram que Gaza teria maior acesso a armas, tanto em quantidade como em qualidade. Isso tornaria a segurança infinitamente pior para Israel.
Naquela época, o território era o lar de 1,3 milhão de pessoas, das quais 99,4% palestinas.
Um ano depois, em 2006, o Hamas chegou ao poder e desde então controla Gaza.
Desde então, o grupo militante palestino e o governo israelense se envolveram em dezenas de confrontos no território, incluindo duas guerras, em 2008/2009 e 2014.
Fonte: BBC
Você precisa fazer login para comentar.