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Mark Zuckerberg é co-fundador do Facebook e presidente da Meta

  • Author, James Gregory e Tom Gerken
  • Role, Da BBC News

A União Europeia (UE) deu à Meta, proprietária do Facebook e do Instagram, 24 horas para combater a desinformação sobre o conflito entre o Hamas e Israel nas redes sociais pertencentes à empresa.

As redes sociais em geral registaram um aumento na desinformação sobre o conflito, incluindo imagens adulteradas e vídeos com legendas incorretas. Na terça-feira, a UE já havia alertado o X, antigo Twitter, sobre esse problemas.

Agora foi a vez da Meta. Após a notificação, a empresa de Mark Zuckerberg tem um dia para cumprir a legislação europeia. O representante da UE Thierry Breton disse à Meta que a empresa deve provar que tomou “ações oportunas, diligentes e objetivas” para combater as notícias falsas.

Um porta-voz da Meta disse à BBC que a empresa estabeleceu um “centro de operações com especialistas, incluindo falantes fluentes de hebraico e árabe, para monitorar de perto e responder a esta situação”.

“Nossas equipes estão trabalhando 24 horas por dia para manter nossas plataformas seguras, tomar medidas em relação a conteúdos que violam nossas políticas ou leis locais e coordenar-se com verificadores de fatos terceirizados na região para limitar a disseminação de desinformação”, disse a empresa em nota.

A Comissão Europeia lembrou a todas as empresas de redes sociais que elas são legalmente obrigadas a impedir a propagação de conteúdos nocivos relacionados ao Hamas, que é considerado um grupo terrorista pela União Europeia.

“O conteúdo que circula online e que pode ser associado ao Hamas é qualificado como conteúdo terrorista, é ilegal e precisa ser removido de acordo com a Lei de Serviços Digitais e o Regulamento de Conteúdo Terrorista Online”, disse um porta-voz da UE.

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Elon Musk diz que medidas já foram tomada

Na terça-feira, Breton emitiu uma notificação a Elon Musk alertando que “conteúdo violento e terrorista” continua sendo compartilhado no X, apesar dos avisos.

Musk disse que sua empresa tomou medidas, inclusive removendo contas recém-criadas ligadas ao Hamas. Ele pediu à UE que listasse as alegadas violações.

Breton não deu detalhes sobre a desinformação a que se referia na sua carta a Musk.

No entanto, ele disse que há casos de “imagens manipuladas e informações incorretas” amplamente divulgados no X.

Breton disse que Musk estava “bem ciente dos relatos de seus usuários – e das autoridades – sobre conteúdo falso e com glorificação da violência”, acrescentando que cabia a ele “demonstrar que pratica o que diz”.

A Lei dos Serviços Digitais (DSA) da UE foi concebida para proteger os usuários de grandes plataformas de mídia social. Tornou-se lei no ano passado, mas as empresas tiveram tempo para garantir que os seus sistemas estavam em conformidade.

O não cumprimento da DSA pode resultar em multas da UE de até 6% do volume de negócios global de uma empresa, ou potencialmente na suspensão do serviço.

Musk dissolveu o Conselho de Confiança e Segurança do Twitter, hoje X, logo após adquirir a empresa em 2022. Formado em 2016, o conselho de voluntários continha cerca de 100 grupos independentes que aconselhavam sobre questões como automutilação, abuso infantil e discurso de ódio.